A prefeitura de Rio Preto da Eva, no interior do Amazonas, está depositando toneladas de lixo em um terreno da área rural do município que devia ser usado para atividades de piscicultura e agricultura.
A denúncia foi feita pelo deputado estadual Wanderley Dallas, que recebeu fotos e vídeos encaminhados pelos moradores de Rio Preto da Eva. Segundo os moradores, o terreno usado como lixão pertence à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
“O que antes era um terreno com vegetação nativa, agora está se tornando um lixão, com ratos e urubus por todos os lados”, afirmou o deputado Wanderley Dallas.
Diariamente, toneladas de lixo recolhidas pelas ruas do município são jogadas lixão. Todo tipo de material, inclusive resíduos hospitalares, são depositados no terreno, sem qualquer preocupação co
m a contaminação do solo ou lençol freático.
Dallas explica que o lixão recebe material misturado, como orgânico, hospitalar, plásticos, vidros e outros materiais. “Além de criar uma lixeira clandestina, o prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Souza, está comprometendo toda a área rural do município”, acrescentou o deputado.
Ao longo da estrada que liga o lixão à área urbana do município, é possível encontrar todo tipo de sujeira, como sacos de lixo, garrafas plásticas, papelão e outros materiais. A poluição é causada pelo lixo que cai dos caminhões que levam o material para o lixão.
“Estamos assistindo a poluição descontrolada em uma área que devia ser usada para agricultura e projetos de piscicultura”, alerta o deputado.
Segundo os moradores de Rio Preto da Eva, a poluição já atingiu pequenos igarapés que correm próximos ao lixão. Pra piorar o problema, a água contaminada deságua no rio que corta Rio Preto da Eva.
“Este é o mesmo rio que fica bem em frente à cidade, onde existe um balneário usado por moradores e turistas para o lazer”, denuncia Dallas.
O parlamentar cobrou da Suframa e dos órgãos de proteção ambiental do Amazonas uma solução para o problema que está afligindo os moradores do município.