O embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, acusou os Estados Unidos de fornecerem suporte ao recente ataque realizado por Israel em território iraniano. Durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta sexta-feira (13), Iravani declarou que a ofensiva israelense deixou ao menos 78 mortos e 320 feridos, classificando o episódio como um grave atentado à estabilidade global.
Em seu discurso, o diplomata iraniano denunciou o que chamou de “crimes contra a humanidade” e responsabilizou os aliados de Israel. “Apoiar Israel hoje é apoiar crimes de guerra, atrocidades contra civis e o enfraquecimento deliberado da paz internacional”, afirmou, intensificando o tom contra os EUA, que negam qualquer envolvimento direto na operação militar.
Israel se defende: ataque seria medida de autoproteção
Presente à reunião, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, rebateu as acusações. Segundo ele, a ofensiva foi um “ato nacional de preservação”, diante da iminente ameaça representada pelo programa nuclear iraniano. “Quanto tempo o mundo esperava que ficássemos esperando? Até que montassem a bomba? Até que ela estivesse a caminho de Tel Aviv ou Jerusalém?”, questionou Danon, em referência à crescente tensão no Oriente Médio.
Ataques, mísseis e retaliações: o avanço da escalada militar
A ofensiva israelense foi lançada na madrugada de sexta-feira (13), com mísseis balísticos direcionados a instalações nucleares em cidades estratégicas do Irã. Segundo o exército israelense, os alvos estavam relacionados ao suposto programa de enriquecimento de urânio iraniano, frequentemente acusado de ter fins bélicos.
Poucas horas depois, o Irã respondeu com retaliação militar, lançando uma série de mísseis contra cidades israelenses. Em Tel Aviv e Jerusalém, diversos alvos civis e militares foram atingidos, deixando pelo menos 40 feridos, de acordo com o serviço de emergência local. O sistema de defesa de Israel interceptou parte dos projéteis, mas não divulgou números oficiais sobre a taxa de sucesso da operação.
Netanyahu fala em ataque preventivo e menciona ameaça nuclear
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi à público justificar a operação. Em pronunciamento após os ataques, ele afirmou que a ação foi uma medida preventiva diante do avanço nuclear iraniano. Segundo ele, o Irã teria estoques suficientes de urânio para produzir até nove bombas atômicas e poderia concretizar essa ameaça em questão de meses ou até um ano.
Apesar da gravidade da acusação, Netanyahu não apresentou provas ou documentos que sustentassem sua alegação, gerando críticas internacionais e aumentando a tensão no cenário diplomático global.