Nos pênaltis, Rússia surpreende e passa pela Espanha

Com o 1 a 1 no placar, o duelo foi para a prorrogação. Mais tensão, com a Rússia recuada e a Espanha tentando o gol. #Manaus #Amazonas

Rússia – Dona da casa, a Rússia chegou à Copa do Mundo desacreditava e até mesmo sem saber se passaria de fase.

Não apenas chegou às oitavas de final, como foi muito guerreira ao postar-se na defesa contra uma das favoritas e conseguiu uma surpreendente e emocionante classificação às quartas de final com a vitória por 4 a 3 nos pênaltis, após empate em 1 a 1 no tempo normal, com gol contra de Ignashevich e pênalti convertido por Dzyuba.

O grande herói foi o goleiro Akinfeev, que defendeu duas cobranças, de Koke e Aspas.

Contra os donos da casa bem fechados, com cinco zagueiros, a Espanha era a grande favorita e teve a vida facilitada logo aos 11 minutos, com um gol contra de Ignashevich após se enrolar com Sérgio Ramos no cruzamento. Era tudo o que os espanhóis queriam para ter mais espaço, só que os russos seguiram com sua tática defensiva, sem se arriscar no ataque temendo levar mais um gol. E a partida ficou insuportável para os torcedores.

Se não bastasse a postura da Rússia, a Espanha se contentou com o 1 a 0 e apenas tocou bola, basicamente na intermediária, sem nem chegar perto da área. Não demorou para as vaias aparecerem.

Aos poucos, ao ver que não teriam o contra-ataque, se lançaram timidamente à frente. Somente aos 35 houve um chute, de Golovin, para fora. E os espanhóis foram punidos pela falta de ambição aos 39, quando Piqué levantou a mão e a bola bateu nela, em um escanteio. Pênalti indiscutível, que Dzyuba cobrou para empatar.

Só então a Espanha resolveu atacar novamente. Ainda nos acréscimos, Diego Costa foi lançado, mas o goleiro Akinfeev saiu em seus pés e salvou. Após o intervalo a postura ofensiva ficou mais clara logo no início, com a pressão pelo segundo gol. O time rondou a área com mais vontade, criou algumas chances mas ainda sem conseguir finalizar com perigo, enquanto a Rússia tinha dificuldade para atacar.

À medida que o tempo passava, as duas equipes ficavam mais tensas e não conseguiam fazer jogadas. Nem mesmo com a entrada de Iniesta, que começou do banco, a Espanha teve criatividade para furar o bloqueio de cinco zagueiros russos. Ainda assim, o craque espanhol criou a melhor chance, em um chute de fora da área que Akinfeev teve dificuldades para defender, aos 40.

Com o 1 a 1 no placar, o duelo foi para a prorrogação. Mais tensão, com a Rússia recuada e a Espanha tentando o gol. Asensio chutou e Akinfeev defendeu sem dificuldade, aos 9 minutos da prorrogação.

Cavani rouba a cena e decide para o Uruguai que elimina Portugal

Os espanhóis só foram ter espaço aos 3 da segunda etapa, quando Rodrigo recebeu em velocidade, driblou o marcador, chutou e o goleiro russo espalmou. No rebote, Carvajal parou na zaga.

A Rússia estava satisfeita com os pênaltis e ficou toda recuado tentando se segurar, recebendo o apoio dos torcedores. A Espanha ainda reclamou bastante de um pênalti não marcado em Piqué, mas o árbitro de vídeo mandou o jogo seguir.

E a decisão foi para os pênaltis.

O primeiro a cobrar foi Iniesta, que converteu, assim como Somolov, Piqué e Ignashevich. Já Koke bateu mal e Akinfeev defendeu. Golovin marcou e colocou a Rússia na frente. Sérgio Ramos acertou a cobrança, assim como Cheryshev. Aspas também parou no goleiro  e a Rússia comemorou a classificação.

FICHA TÉCNICA

Local: Estádio de Luzhniki, em Moscou (Rússia)

ESPANHA: De Gea; Nacho (Carvajal), Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Koke, David Silva (Iniseta), Isco e Asensio (Rodrigo); Diego Costa (Aspas). Técnico: Fernando Hierro

RÚSSIA: Akinfeev; Mário Fernandes, Kutepov, Ignashevich, Kudryashov e Zhirkov (Granat); Zobnin, Kuzyaev (Erokhin) e Samedov (Cheryshev); Golovin e Dzyuba (Somolov). Técnico: Stanislav Cherchesov

Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)

Cartões amarelos: Piqué (Espanha); Kutepov, Zobnin (Rússia)

Público: 78.011 pessoas

Gols: Ignashevich (contra), aos 11, e Dzyuba, aos 41 do primeiro tempo