
Um incêndio de grandes proporções atingiu e destruiu o Museu Nacional, localizado na zona norte do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, que já foi residência imperial.
O desastre aconteceu na noite deste domingo, 2.
Especializado em história natural e mais antigo centro de ciência do País, o Museu Nacional completou 200 anos em junho em meio a uma situação de abandono.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 19h30 e rapidamente chegou ao local, mas até as 21 horas o fogo permanecia fora de controle. Era um incêndio de grandes proporções que tinha tomado todos os andares do edifício.
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Dezenas de curiosos entravam na Quinta da Boa Vista para ver o incêndio. Funcionários choravam. Não havia registro de feridos. Grandes labaredas atingiam os dois andares, e estrondos eram ouvidos de tempos em tempos.
“Começou por volta das 19h30. Eu moro pertinho e, assim que soube, vim pra cá. É uma pena, acho que não vai sobrar nada”, afirmou o advogado Marcos Antônio Pereira, de 39 anos, enquanto acompanhava o combate ao fogo. Entre os funcionários do museu, o clima era de desespero.
“Queimou tudo, perdemos tudo”, repetia uma mulher, aos prantos. O museu foi fundado por D. João VI e tinha como um dos atrativos o quarto onde dormia o imperador D. Pedro II, no Palácio de São Cristóvão. Apesar do ambiente ainda majestoso, havia vários sinais de abandono, como um lustre parcialmente quebrado, alguns móveis sem conservação e manchas de umidade na parede.
Com um dos mais importantes acervos de história natural da América Latina, o museu chegou ao bicentenário com goteiras, infiltrações, salas vazias e público de menos de 200 mil pessoas por ano – muito abaixo de sua capacidade.
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