Manaus – AM: Em reunião on-line no último domingo (19), membros do Diretório Municipal e filiados definiram a construção de uma articulação entre os partidos de esquerda, tática eleitoral e os rumos das Eleições 2020.
O Diretório Municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Manaus se reuniu on-line no último domingo (19), para definição de sua tática eleitoral e o nome que vai representar o partido do pleito ao executivo municipal. Na tática eleitoral, foi aprovada a construção e o fortalecimento de uma articulação entre os partidos de esquerda, arco de alianças, envolvendo o PT, PCB, PSTU, PSB, Rede e PC do B. A proposta do PSOL busca articular um bloco de esquerda para concorrer a Prefeitura de Manaus. Na mesma reunião foi aprovado, por unanimidade, o nome do presidente do Diretório Municipal, Jonas Araújo, como o pré-candidato do partido, com a possibilidade de compor a chapa desse bloco de esquerda.
“O cenário que se apresenta à nossa frente é desafiador. Vejo na candidatura do José Ricardo a maior projeção eleitoral no nosso campo, ainda assim, precisamos construir um bloco de esquerda que possa articular os diversos segmentos da cidade para uma campanha vitoriosa. O PSOL Manaus deu um grande passo rumo a essa unidade”, afirma Jonas Araújo, escolhido como pré-candidato à Prefeitura de Manaus pelo PSOL.
Jonas Araújo
O Professor Jonas Araújo, 36, atua em movimentos sociais e se destaca como liderança no Movimento de Professores em Manaus. Foi candidato pelo PSOL a vereador nas municipais de 2016. Filho de Jonas Araújo e Florismar Ferreira, militantes históricos dos movimentos sociais no Amazonas, tem no seu DNA a veia política em defesa dos direitos sociais. Inicia sua atuação política no movimento estudantil, na luta pela meia passagem. Atuou na Articulação da Juventude Salesiana e na Pastoral da Juventude, Plano Nacional da Juventude e do Estatuto da Juventude. Participou da coordenação do Fórum de Políticas Públicas de Manaus. Em sua atuação na universidade foi diretor de assuntos discentes do Centro Acadêmico Cultural de História do Amazonas (CACHA), Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Iniciou sua carreira de professor na rede particular de ensino, em seguida passou em dois concursos públicos, da SEMED e da SEDUC, lecionando em diversas escolas estaduais e municipais da cidade, nos níveis Fundamental e Médio. Também atuou no nível Superior como professor assistente da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e como professor formador em Ciências Humanas, Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), UFAM. Desenvolveu diversos projetos de alfabetização científica em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (FAPEAM) e foi eleito Professor Inovador de Manaus no ano de 2015, com o projeto “Jogos Vorazes de História”. Jonas Araújo mantém sempre a intensa atuação política. Atualmente, é o presidente do Diretório Municipal do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
Tática Eleitoral
O PSOL possui papel fundamental na articulação de uma frente de esquerda que possa enfrentar os grupos de direita que irão concorrer à prefeitura de Manaus. Por isso, defende a articulação de uma composição que envolva PCB, PSTU, PT, PSB, Rede e PC do B.
Desafios internos
A questão prioritária é impedir a ascensão de figuras infiltradas no PSOL, sendo o maior desafio, uma vez que parte dessas figuras ocupam espaço de destaque em algumas direções partidárias na esquerda.
Outro desafio, será construir um programa capaz de unir o conjunto de siglas políticas com perspectivas políticas ideológicas diversas. Para isso, o PSOL sugere um amplo debate entre as direções partidárias capaz de alinhar uma plataforma programática e horizontal.
O PSOL ainda destaca que existe o desafio em dar visibilidade às candidaturas proporcionais de cada partido. A legislação eleitoral mudou e a coligação torna-se possível apenas para o cargo majoritário, em outras palavras, os partidos que não possuírem candidatura própria ao executivo terão uma redução de visibilidade durante as Eleições.
O quarto desafio interno, se configura na escolha da chapa majoritária. As pesquisas apontam as candidaturas de José Ricardo (PT) e Serafim Correa (PSB) com a maior densidade eleitoral no campo da esquerda. Nesse cenário, o PSOL deve disputar espaço e reivindicar a efetivação do bloco de esquerda, pleiteando a candidatura a vice-prefeito.
Desafios externos
Para o PSOL, embora haja o crescimento exponencial de eleitores seguidores do fascismo em ascensão e da velha política oligárquica, apresentar um projeto de esquerda em um cenário como esse exigirá um diálogo abrangente, com destaque às reais necessidades populares e uma atuação constante nas periferias da cidade de Manaus.
Após a conclusão das eleições, o PSOL deseja que esse tópico continue, assim, as eleições criam espaços para amplificação de lutas, debates de pautas emergentes e invisibilizadas, tal como a de mulheres, negras e negros, LGBTI+, indígenas, quilombolas e demais grupos historicamente alijados dos espaços de poder social e institucional.