Contratado para prestar serviços a um Centro Olímpico, instituto pode ter gerado prejuízo de R$800 mil aos cofres públicos
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (2), ação para investigar uma ONG (organização não governamengal) criada pela senadora Leila Barros (PSB-DF). De acordo com o apurado, o Instituto Amigos do Vôlei (IAV) teria sido contratado de forma irregular pelo Centro Olímpico de Santa Maria.
A Operação Tie Break cumpriu três mandados de busca e apreensão nos endereços de empresas e residências ligadas ao ato ilícito em Águas Claras, Ceilândia e Taguatinga.
Segundo a PCDF e com o Tribunal de Contas do DF, o contrato apontava diversas irregularidades, como o superfaturamento de 2.595{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} na compra da plataforma da piscina; de 400{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} no valor das bolas de tênis; e 118{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} nas bolas de basquete. Estima-se que o prejuízo gerado aos cofres públicos tenha sido de R$ 800.463,56.
O valor do contrato com o IAV foi de R$ 9.952.055,14, dos quais R$ 3 milhões não tiveram comprovação de gasto. Para a Polícia Civil, a organização da senadora, que prestou serviços ao Centro Olímpico entre 2011 e 2017, também foi favorecida no ato de contratação.
Em nota enviada por sua assessoria, a senadora informa que “acompanha com atenção os desdobramentos da Operação Tie-break e defende que os fatos sejam esclarecidos o mais rapidamente possível”.
A nota diz ainda que a atuação de Leia, “tanto na vida pública, quanto na vida pessoal ou nos anos que se dedicou ao esporte”, sempre foi pautada nos princípios da legalidade, moralidade e da ética.”