Após a vitória dos aliados Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estuda realizar uma reforma ministerial a conta-gotas para testar a fidelidade dos partidos do chamado centrão.
As informações são da Folha.
De acordo com a reportagem, Bolsonaro teria ouvido de ministros que fazem parte da articulação política que, num primeiro momento, abrir um amplo espaço para a base aliada na Esplanada dos Ministérios pode ter efeitos indesejados no futuro.
Ainda segundo o jornal, a estratégia defendida é a de que o presidente só entregue cargos após a aprovação de propostas prioritárias no Congresso, a fim de evitar traições em votações de projetos.
Também haveria a possibilidade de que uma entrega rápida de cargos ao centrão possa dar margem para que os partidos do bloco exijam mais espaço no primeiro e no segundo escalões em um futuro próximo.
Ainda de acordo com a Folha, Bolsonaro avalia, neste primeiro momento, nomear indicados dos partidos aliados apenas em duas pastas: Cidadania e Desenvolvimento Regional, em aceno à Câmara e ao Senado, respectivamente.