Folha
Esses indícios aparecem em um documento que tem a assinatura do próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello
Reportagem da Folha de S.Paulo desta quarta (10) diz que existem 11 indícios de que o Ministério da Saúde e seu titular, general Eduardo Pazuello, foram omissos na crise de falta de oxigênio nos hospitais do Amazonas, em janeiro.
A falta do insumo colapsou as redes pública e privada de saúde e matou dezenas de pessoas.
Por essa omissão, Pazuello é investimento em inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Folha reforça hoje que o ministro não só teve conhecimento prévio da situação como, também, assinou relatório que lhe dava ciência da crise.
O jornal cita um documento da secretaria-executiva da pasta e um e-mail da empresa White Martins.
Essa empresa é a principal fornecedora de oxigênio para os hospitais do Amazonas.
O documento da White Martins, datado de 15 de janeiro, auge da crise da covid-19 no Amazonas, deixa claro ao ministro o aumento “abrupto” e “descontrolado” da demanda de oxigênio no Amazonas (veja na imagem destacada).
Na reportagem desta quarta, o jornal também cita a existência de outro e-mail de um diretor da fornecedora de oxigênio, do dia 11 de janeiro, pedindo apoio logístico de Pazuello.
“O próprio Pazuello escreveu, em um ‘relatório parcial de ações’ referente ao período de 6 a 16 de janeiro, que houve a detecção da ‘gravíssima situação dos estoques de oxigênio hospitalar em Manaus’, ‘logo no início do período’. Segundo o ministro, a quantidade de insumo era ‘absolutamente insuficiente para o atendimento da demanda crescente’.