Presidente do Cidadania, Roberto Freire lidera lista; Heloísa Helena, da Rede, é a última entre os assalariados
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, é o dirigente partidário com o maior salário do país. Freire recebeu R$ 315 mil em 2020 da sigla, o que representa R$ 26,3 mil mensais. Os recursos vêm do fundo partidário, abastecido com dinheiro público.
Parte dos presidentes de partidos políticos não cumpre mandato e não tem outra fonte de renda. Eles vivem, portanto, do salário da sigla. A coluna identificou oito dirigentes recebendo salário dos partidos, segundo as contas enviadas pelas legendas ao Tribunal Superior Eleitoral em 2020. Os documentos de 2021 ainda não estão disponíveis para todas as siglas.
O segundo maior salário é do presidente do PTB, Roberto Jefferson, que obteve R$ 314 mil, ou R$ 26 mil por mês em 2020. Hoje, Jefferson está afastado do cargo partidário por decisão do STF e assumiu a presidência de honra do PT. Em terceiro lugar está Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro. Valdemar auferiu R$ 293 mil em 2020, ou R$ 24,4 mil mensais.
Outros dois presidentes ganharam mais de R$ 200 mil por ano: o chefe do Pros, Eurípedes Júnior, com R$ 246 mil, e o presidente do PDT, Carlos Lupi, com R$ 245 mil. Em ambos os casos, a média mensal é de R$ 20 mil.
Completam a lista de assalariados das legendas: Antonio Massarollo, do PMN, com R$ 186 mil no ano, ou R$ 15,5 mil por mês; José Maria Eymael, da Democracia Cristã, com R$ 119 mil, ou R$ 10 mil por mês; e Heloísa Helena, da Rede, com R$ 85 mil por ano, ou R$ 7 mil por mês.