Luciano Musse era interlocutor de pastores-lobistas dentro do Ministério da Educação durante a gestão de Milton Ribeiro
Na operação deflagrada nesta quarta-feira para apurar suspeitas de corrupção no Ministério da Educação durante a gestão de Milton Ribeiro, a Polícia Federal também prendeu dois novos suspeitos de envolvimento no esquema: o ex-gerente de projetos da Secretaria Executiva do MEC, Luciano Musse, e o ex-assessor da Secretaria de Planejamento Urbano da prefeitura de Goiânia, Helder Bartolomeu.
Musse era apontado como interlocutor dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos dentro do MEC, que também foram presos na operação. Logo que assumiu o ministério interinamente, após a saída de Milton Ribeiro, Victor Godoy exonerou Musse do cargo que ocupava na pasta. O movimento foi visto internamente como uma tentativa de retirar do MEC pessoas que tivessem ligação com o escândalo.
Musse chegou a ser convidado pela Comissão de Educação do Senado para prestar esclarecimentos sobre sua atuação no MEC, mas não compareceu e nem justificou ausência.
Helder Bartolomeu também era ligado aos pastores e chegou a participar de evento sobre liberação de recursos do MEC a pedido de Arilton.
No total, a PF cumpriu a prisão preventiva de cinco alvos: o ex-ministro Milton Ribeiro , os pastores-lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos , Musse e Bartolomeu. As prisões foram efetivadas até o final da manhã desta quarta, em conjunto com o cumprimento de busca e apreensão nas residências dos investigados.
A operação foi autorizada pela 15ª Vara Federal de Brasília para aprofundar as investigações sobre crimes de corrupção, tráfico de influência e outros dentro do MEC.