PF faz operação em banco digital ligado a empresário acusado de estelionato

Manaus – AM: A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (14), a operação Fair Play para desarticular crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa, apurados no período de 2021 a 2022 e que ainda persistem. Ao todo, estão sendo cumpridos, por aproximadamente 55 policiais federais, 07 mandados de prisão temporária e 18 ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de Manaus/AM, Boa Vista/RR, Belém/PA e Natal/RN. Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, tal como o sequestro de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em sua posse.

Equipes da PF também foram vistas em frente ao banco digital Amazon Bank, na zona Centro-Sul de Manaus, além de outras regiões, como a Ponta Negra, na zona Oeste. A PF ainda não deu detalhes sobre a operação e nem nome dos arrolados. O Amazon Bank pertence ao empresário Jorge Luiz Guimarães de Araujo Dias, sócio de Farley Felipe de Araújo da Silva, que responde na justiça do Rio de Janeiro pelo crime de estelionato.

Jorge Luiz Guimarães de Araujo Dias, sócio de Farley Felipe de Araújo da Silva

De acordo com fonte, Farley tem ligação com o banco digital Amazon Bank, onde já foi sócio e tentou aplicar golpes em um dos clientes que decidiu denunciar por conta disso se afastou do quadro societário, mas permanece com fortes influências sendo uma espécie de sócio oculto.

De acordo com a reportagem, Jorge e Farley são sócios em outras empresas a Lotus Corporate e a Royals Entretenimento.  Mais informações em instantes.

Nota da PF na íntegra:

OPERAÇÃO FAIR PLAY

14/10/2022Manaus/AM-

A  Polícia  Federal  deflagrou  na  manhã  desta sexta-feira,  14/10,  a Operação  Fair  Play,  para  reprimir  crimes  contra  o  Sistema  Financeiro  Nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa, apurados no período de 2021 a 2022 e que ainda persistem. Ao todo, estão sendo cumpridos, por aproximadamente 55policiais federais, 07mandados de prisão temporária e 18ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de Manaus/AM, Boa Vista/RR, Belém/PA  e  Natal/RN. Além dos mandados,  foi  determinado o bloqueio  de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, tal como o sequestro de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em sua posse. Após  a  instauração  de  Inquérito  Policial  para  apurar  os  fatos, a  Polícia  Federal confirmou que a empresa investigada buscaatrair, em especial, servidores públicos e  aposentados. Ao  longo  das  investigações,  foi  possível  apurar  que  a  empresa investigada compunha grupo empresarial que atuaria nos mais diversos segmentos comerciais,  que  envolviam  desde  à  promoção  de  eventos  a  fim  de  divulgar  suas atividades, a exemplo da realização de shows com atrações nacionais na cidade de Manaus/AM,  campeonatos  de  pescaria,  patrocínio  de  equipe  de  e-sports,  até  a compra e venda de automóveis.Vale ressaltar que aPolícia Federal constatou que, em um período de dois anos, o grupo empresarial investigado movimentou, aproximadamente, R$ 156 milhões. Os sócios e representantes, por sua vez, apresentaram evolução patrimonial meteórica, enquanto  ostentavam  um  alto  padrão  de  vida  em  redes  sociais,  residindo  em  condomínios  de  luxo,  realizando  viagens  nacionais  e  internacionais  e  adquirindo veículos e embarcações também de luxo. O nome da operação é uma alusão à conduta ética exigida na prática de esportes, que preza pela atuação em conformidade com as regras estabelecidas. Da mesma forma, essa operação policial tem como objetivo revelar a atuação irregular de grupo empresarial  no  ramo  de  investimentos  financeiros,  fornecendo  aos  órgãos  de controle e regulação subsídios para repressão administrativa, cível e penal.Os  crimes  em  apuração  vão  desde  crimes  contra  o  sistema  financeiro,  contra  a economia popular, lavagem de dinheiro a organização criminosa, dentre outros, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de prisão.

Comunicação Social Superintendência Regional de Polícia Federal no Amazonas Telefone: (92) 3655-1548 cs.sram@pf.gov.br