PF deflagra operação contra grupo criminoso responsável por crimes ambientais e ameaças a servidor público em Rondônia

Operação Menacia cumpre 11 mandados de busca e apreensão em RO e promove a indisponibilidade de bens de aproximadamente R$ 4,5 milhões contra suspeitos de recepcionar, adquirir, transportar e guardar ilegalmente madeira e ameaçar servidor do Ibama após ação fiscalizatória ambiental

Porto Velho/RO – A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (15/12), a Operação Menacia, cujo objetivo é desarticular um grupo criminoso envolvido com crimes ambientais e ameaças a servidor do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Cerca de 50 policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia contra 11 alvos, sendo nove pessoas físicas e duas pessoas jurídicas do setor madeireiro, com domicílios em Extrema e Vista Alegre do Abunã, Distritos de Porto Velho/RO, e em Ariquemes/RO.

As investigações tiveram início em abril do corrente ano após o encaminhamento, por parte do Ibama, de informação técnica dando conta de diversas ameaças de morte a servidor da autarquia federal após fiscalizações ambientais na região dos Distrito de Abunã e Vista Alegre do Abunã, aliada com representação do agente público ameaçado.

Constatou-se que, além de ameaças de morte, os alvos orquestraram, sem sucesso, incêndio em caminhão de abastecimento do Ibama e buscavam, por diversos meios, obstar ou dificultar a ação fiscalização do Poder Público no trato de questões ambientais.

Os trabalhos investigativos também apontaram o envolvimento direto de alguns dos alvos com a recepção, aquisição, transporte e guarda ilegal de madeira.

Além da busca e apreensão, a Justiça Federal de Rondônia determinou também a indisponibilidade de bens de aproximadamente R$ 4,5 milhões.

Durante as ações desta manhã, foram realizadas duas prisões em flagrante por posse irregular de arma de fogo.

Os investigados poderão responder, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, ameaça, recepção ilegal de madeira e obstrução de fiscalização ambiental, sem prejuízo de outros delitos porventura identificados no decorrer das investigações.

O nome da operação é uma referência às ameaças perpetradas pelos investigados.