A Polícia Federal finalizou e enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório do inquérito que investiga a chamada “Abin Paralela”, um esquema de uso ilegal de ferramentas de monitoramento dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Indiciados
De acordo com apuração da CNN Brasil, entre os principais indiciados estão:
Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República
Carlos Bolsonaro (PL), vereador no Rio de Janeiro e filho do ex-presidente
Alexandre Ramagem (PL), deputado federal e ex-diretor da Abin
O que é a “Abin Paralela”?
A investigação aponta que houve um uso clandestino e politizado de ferramentas de espionagem, como o software israelense FirstMile, por membros do governo Bolsonaro para monitorar adversários políticos, autoridades públicas e até jornalistas — sem autorização judicial.
Ramagem, que dirigiu a Abin entre 2019 e 2022, é apontado como peça central na estruturação e operacionalização do suposto esquema. Carlos Bolsonaro teria atuado como elo entre o núcleo de inteligência e o gabinete do presidente.
Encaminhamento
O relatório foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Com base no documento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidirá se oferece denúncia e transforma os investigados em réus.