Jovem de Niterói fazia mochilão pela Ásia quando sofreu acidente em vulcão ativo; família soube pelas redes sociais.
Lombok (Indonésia) | A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, vive momentos dramáticos na Indonésia. A jovem mochileira, natural de Niterói (RJ), caiu de uma altura de aproximadamente 300 metros durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, e aguarda socorro há mais de 16 horas.
Formada em Publicidade pela UFRJ e praticante de pole dance, Juliana estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro, com passagens pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia. Ela compartilhou cada passo da aventura nas redes sociais, até que o acidente interrompeu sua jornada.
Acidente durante trilha no Rinjani
Segundo relatos de turistas que a acompanhavam, Juliana despencou de uma encosta enquanto explorava uma das trilhas do Monte Rinjani, conhecido destino de turismo de aventura. Sem conseguir se mover devido à gravidade dos ferimentos, a brasileira ficou à deriva, sem comunicação, até a chegada de uma equipe de resgate — que só conseguiu alcançar o local na noite desta quarta-feira (19), horário local.

Apesar disso, o resgate completo só deve ocorrer durante o dia, já que o terreno acidentado e a baixa visibilidade noturna dificultam a operação.
Família soube pelas redes sociais
O drama da jovem veio à tona quando sua irmã, Mariana Marins, recebeu um vídeo de outros trilheiros que passavam pela região. As imagens, feitas com ajuda de um drone, mostravam Juliana caída, aparentemente muito abalada.
“Ela está sem acesso à internet porque o pacote contratado não funciona naquela área”, explicou Mariana. “Eu só soube porque vi publicações no Instagram de pessoas que estavam na trilha.”
Segundo a irmã, Juliana está consciente, mas extremamente debilitada, apenas conseguindo sussurrar pedidos de socorro. “Eles disseram que ouviram apenas um ‘help’ com a voz bem fraca”, contou, emocionada.
Resgate é dificultado por clima e logística
Desde as primeiras horas da manhã (horário de Brasília), uma densa neblina encobre o local do acidente, prejudicando os esforços das equipes de socorro. A única equipe que chegou até Juliana levou água e alimentos, mas o responsável por fazer o resgate em profundidade ainda não havia conseguido descer até onde ela está.

“Pedi para continuarem falando com ela, só para mantê-la acordada”, relatou Mariana. “A situação é angustiante.”
Embaixada do Brasil acompanha o caso
A família acionou a embaixada brasileira em Jacarta, que confirmou estar tentando contato com a agência de turismo responsável pela expedição. No entanto, dificuldades com o idioma e a distância entre as ilhas atrasam o processo.
“A embaixada disse que não tem autonomia para enviar o resgate, mas está tentando intermediar com a empresa”, explicou Mariana.
Enquanto isso, Juliana segue na montanha, em uma espera que parece não ter fim. A história da brasileira mochileira ferida na Indonésia vem mobilizando seguidores e levantando um alerta sobre os riscos do turismo de aventura sem apoio especializado.