O homem que ameaçou policiais a faca na terça-feira à noite (23) na cidade belga de Gante é um refugiado afegão com “grandes problemas psicológicos” – disse a Procuradoria à imprensa local nesta quarta.
As autoridades belgas não estão priorizando, neste caso, a pista de um ato terrorista.
“Neste momento, ainda não podemos vincular isso a motivações terroristas”, afirmou o ministro do Interior, Jan Jambon, à rede pública RTBF.
O homem é “um refugiado reconhecido de nacionalidade afegã”, disse o ministro, acrescentando que não está fichado como “radicalizado”.
“A investigação judicial está em curso, e esperamos o resultado”, apontou Jambon.
O episódio aconteceu na terça, pouco antes das 21h (18h, horário de Brasília) na principal estação de trens de Gante, noroeste da Bélgica.
Segundo as imagens de câmeras de vigilância, o indivíduo, de 28, avançou com uma pequena faca nas mãos contra uma patrulha da Polícia encarregada de vigiar as vias férreas.
Como o homem se recusou a responder aos chamados da Polícia de se livrar da arma, os agentes deram vários disparos contra ele e o neutralizaram, relataram diferentes jornais.
Ferido, o refugiado afegão foi levado para o hospital, onde “foi submetido a uma cirurgia, e sua vida já não corre perigo”, afirmou o porta-voz da Procuradoria da província de Flandres Oriental, An Schoonjans, ao jornal “Het Laatste Nieuws”.
Na última segunda-feira (22), a Bélgica reduziu seu nível de alerta antiterrorista pela primeira vez a níveis de janeiro de 2015, antes da série de atentados extremistas contra o continente europeu.
O último ataque considerado “terrorista” foi no centro da capital belga, em 25 de agosto de 2017, quando um homem de 30 anos de origem somali agrediu soldados com faca aos gritos de “Allah é grande”.
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