Investigadores apuram desvios em rodovias operadas por governos do PSDB

O presidente Michel Temer homenageou autoridades locais e nacionais da Colômbia pela ajuda no resgate dos brasileiros que sobreviveram ao acidente aéreo com a delegação da Chapecoense. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, foi condecorado com a Ordem do Rio Branco. Temer também concedeu a condecoração ao prefeito de Medellín, Federico Gutiérrez Zuluaga; à secretária do governo de Antioquia, Victoria Eugenia Ramírez Vélez; ao diretor executivo da Agência de Cooperação e Investimentos de Medellín e Área Metropolitana, Sergio Escobar Solórzano; ao diretor do Departamento Administrativo de Gestão de Risco e Atenção a Desastres de Medellín, Camilo Zapata Wills; à apresentadora da TV Caracol, Mónica Patricia Jaramillo Giraldo; e à Johan Alexis Ramírez Castro. Brasília, 16-12-12016. Foto: Sérgio Lima/Poder 360.

Pessoas de confiança dos tucanos José Serra (SP) e Beto Richa (PR) são investigadas por envolvimento em acusações de desvios de recursos.

Os fatos estão relacionados a irregularidades nos departamentos rodoviários dos Estados.

Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, mantinha pelo R$ 113 milhões em 4 contas no banco Bordier & Cie. A informação consta em decisão da Justiça Federal em São Paulo. Leia a íntegra.

As contas abertas em 2007 estavam em nome da offshore panamenha Groupe Nantes S/A. O beneficiário é Paulo, segundo a procuradoria. Ele é acusado de ser o operador do senador José Serra em desvios de recursos do Rodoanel em São Paulo.

Richa e seu irmão, Pepe, secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, estão sob a mira de procuradores da operação Lava Jato. Os fatos estão em apuração e devem ser remetidos à PGR por causa do foro privilegiado.

“Vamos investigar profundamente a relação dos pedágios com os Executivos paranaense e federal”, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

Nelson Leal, preso nesta 5ª feira (22.fev.2018) no Paraná, foi secretário de Obras quando Richa era prefeito de Curitiba. A partir de 2013, foi nomeado diretor do DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem). Ele se reportava à Pepe.

Carlos Nasser, comissionado da Secretaria da Casa Civil do Estado, foi alvo de busca e apreensão. Tido como homem de confiança do governador, ele não foi preso por causa da idade (80 anos).

O esquema de corrupção apurado no PR consistia em aumentar o valor do pedágio (até 4 vezes a mais que trecho semelhante operado pela mesma concessionária em outro estado) por meio de aditivos autorizados pelo DER.

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Parte da tarifa seria desviada para empresas de fachada. O valor chegou a R$ 63 milhões entre 2005 e 2015.

Richa divulgou uma nota dizendo que irá iniciar investigação própria sobre os fatos e que afastou Nasser.

ELEIÇÕES E LAVA JATO

A 48ª fase nesta 5ª feira mostra que a sucessão está completamente aberta. Muita gente poderá ser abatida no meio da campanha.

Os paulistas José Serra e Aloysio Nunes Ferreira estão com encrencas da Lava Jato nas costas. O governador do Paraná, Beto Richa, está perigosamente perto das traficâncias reveladas hoje. Aécio Neves saiu do cenário nacional.

E a descoberta de que Paulo Preto tinha R$ 113 milhões na Suíça pode produzir uma razia no PSDB de São Paulo, com impacto direto em Geraldo Alckmin.