O novo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, decidiu demitir o diretor-geral da PF, Fernando Segovia. Foi uma das primeiras ações de Jungamnn no novo cargo.
No lugar de Segovia, 49, assume Rogério Galloro, atual secretário Nacional de Justiça
O comunicado oficial será só amanhã (27.fev.2018), na apresentação da nova equipe do ministério da Segurança Pública. Segovia ficou 99 dias no cargo.
O diretor-geral passou a tarde em reunião com Jungmann. Interlocutores, porém, dizem que o ministro não falou na substituição em nenhum momento.
Segovia teria ficado sabendo pela imprensa. Caso contrário, seria avisado, amanhã, pela publicação no Diário Oficial.
Segovia estava desgastado no cargo. Se envolveu em uma série de polêmicas. A última, e mais complicada, foi sinalizar que o inquérito que investiga Michel Temer no caso dos Portos poderia ser arquivado.
Galloro era o nome indicado por delegados na sucessão na direção da PF, no ano passado. Ele foi o nome cotado pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim. Segovia, por outro lado, teve o apoio de Temer e outros políticos. Ele despachava diretamente com o presidente.
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Já Galloro tem perfil mais afinado com o ex-diretor-geral Leandro Daiello: mais discreto e ponderado. Ele já estaria se preparando para ser o diretor-geral quando Segovia foi o indicado. Agora, aproveita o momento de fragilidade.
A procuradora-geral Raquel Dodge sugeriu, na 2ª feira, o afastamento de Segovia caso houvesse novas declarações de Segovia sobre investigações ou tentativas de interferência.
