Acusados da morte de médico oftalmologista são condenados pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri

Julgamento, que teve início na manhã de quinta-feira e durou quase 18 horas, foi presidido pelo juiz Mateus Guedes Rios.

A 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus abriu oficialmente na quinta-feira (14) a pauta de julgamentos populares do primeiro semestre do ano. Na primeira sessão, presidida pelo juiz Mateus Guedes Rios, sentaram no banco dos réus José Altair da Silva Cunha, Denes do Nascimento Araújo e Cleuson Araújo Viana, acusados da morte do médico oftalmologista Egídio Corrêa Lira Júnior, crime ocorrido em 1º de novembro de 2015.

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A sessão de julgamento teve início às 11h de quinta-feira e terminou somente às 5h desta sexta (15), com o Conselho de Sentença reconhecendo a culpa dos três acusados.

O magistrado que presidiu a sessão aplicou uma pena de 17 anos e seis meses para José Altair; 14 anos e cinco meses para Cleuson e 17 anos e seis meses para Denes Araújo. José Altair, apontado na denúncia formulada pelo Ministério Público como o mandante do crime, permanece preso. Os outros dois réus vão poder recorrer da sentença em liberdade, pois já estavam respondendo ao processo fora da prisão.

Um quarto acusado de participação no homicídio – Weverton Fernandes Marques – morreu durante a instrução do processo.

O Ministério Público do Estado do Amazonas trabalhou na acusação com dois promotores de justiça: Armando Gurgel Maia e João Guimarães. José Altair teve em sua defesa os advogados José Carlos Cavalcante e Eder Carlos Ribeiro Pires. Christian Araújo de Souza atuou na defesa de Cleuson Araújo Viana, enquanto Denes Araújo foi defendido pelo advogado Gladson Fernando da Costa Medeiros.

O crime

Consta no inquérito policial que originou a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas que no dia 1º de novembro de 2015, por volta das 9h, na avenida Cosme Ferreira, bairro Gilberto Mestrinho, zona Leste de Manaus, o corpo de Egídio Corrêa Lira Júnior foi encontrado dentro do seu veículo Ford Ranger, de cor prata, placas JXN-9631. Egídio foi morto com três tiros.

Segundo a Polícia Civil, a vítima teve sua morte encomendada e foi premeditada e executada pelas quatro pessoas inicialmente denunciadas. No dia do fato, a vítima foi surpreendida na garagem da sua residência, na rua Monsenhor Coutinho, nº 877, no Centro de Manaus, por Denes do Nascimento Araújo e Weverton Fernandes Marques, os quais, armados, abordaram o médico e o puseram no interior do próprio carro. Denes foi conduzindo o veículo e Weverton Fernandes Marques ficou no banco de trás, apontando a arma de fogo para Egídio.

Ao chegar no Distrito Industrial, bairro Gilberto Mestrinho, Weverton Fernandes Marques teria, conforme a denúncia, desferido três disparos de arma de fogo contra o tórax da vítima. A Polícia Civil apurou que o médico foi morto a mando de José Altair, que teria pago os executores. A motivação do crime, segundo Altair, seria a suposta relação de sua esposa com a vítima.

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