A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito do Brasil de “BB” para “BB-” nesta 6ª feira (23.fev.2018) e alterou a perspectiva de negativa para estável.
A Fitch aponta o “persistente e déficit fiscal, o crescente peso da dívida do governo e a falta de legislação sobre reformas que melhorem o desempenho estrutural das finanças públicas” para justificar o rebaixamento.
A agência afirma em comunicado que a desistência do governo em votar a reforma da Previdência representa 1 importante revés na agenda reformista do Palácio do Planalto.
“As eleições presidenciais e parlamentares de outubro significam que a reforma da Previdência será adiada até as eleições e há incertezas se a próxima administração poderá obter sua aprovação em tempo hábil”, diz 1 trecho do comunicado.
Em nota, o Ministério da Fazenda afirmou que segue comprometido em prosseguir com a agenda de reformas macro e microeconômicas destinadas a garantir o equilíbrio das contas públicas.
“O Ministério da Fazenda destaca que a Dívida Pública Federal conta atualmente com uma composição saudável, reduzida exposição cambial e baixa concentração de vencimentos no curto prazo, além de uma base diversificada de investidores para seu financiamento, o que contribui para mitigar os riscos inerentes à sua gestão”. Leia a íntegra.
Em janeiro, a Standard & Poor’s já havia rebaixado o rating do Brasil, alegando demora no avanço de medidas de correção fiscal e as incertezas com as eleições presidenciais.