Após quase nove horas, cirurgia de Bolsonaro chega ao fim

cirurgia do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para retirar a bolsa de colostomia terminou na tarde desta segunda-feira (28) após quase nove horas de duração.

Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que se tratou de um procedimento realizado “com êxito”; o porta-voz do governo, general Rego Barros, deve realizar um pronunciamento às 17h.

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“O boletim médico será divulgado tão logo seja autorizado pela equipe médica. Às 17h haverá briefing à imprensa com o porta-voz da Presidência da República, general Rego Barros, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo”, diz a nota.

Bolsonaro entrou na sala de cirurgia por volta de 6h30 desta segunda, embora o início só tenha sido divulgado em torno de 7h. Ele internou ontem (27) no Einstein, na capital paulista, após realizar exames que indicaram normalidade para realizar o procedimento operatório. É a terceira intervenção cirúrgica pela qual o presidente passa desde que sofreu uma facada em Juiz de Fora (MG), em setembro passado.

As primeiras informações, dadas antes da cirurgia, previam a recuperação do presidente em torno de 10 dias. Nas primeiras 48h após a cirurgia, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) assume interinamente a Presidência. Mourão deve conduzir, nesta terça (29), a reunião ministerial realizada uma vez por semana no Palácio do Planalto.

O presidente também utilizou as redes sociais na tarde de domingo, pouco após iniciar a internação, para agradecer aos apoiadores pelas orações. Em vídeo, ele cita a viagem à Davos, onde participou do Fórum Econômico Mundial na última semana, e o retorno tumultuado após a tragédia em Brumadinho, à qual classificou de “barbaridade”.

A cirurgia

Comandada pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, outros oito profissionais atuaram no procedimento: dois cirurgiões auxiliares, uma instrumentadora, dois anestesistas, uma enfermeira e dois técnicos de enfermagem.

A cirurgia consiste em abrir o abdome e religar as duas pontas do intestino grosso que hoje estão separadas para que o trânsito intestinal volte ao normal. A sutura será feita com grampeador cirúrgico e pontos manuais, segundo Marcondes.

Para isolar as áreas lesionadas da passagem de fezes, o intestino foi separado. Uma ponta ficou exteriorizada até a pele para saída das fezes pela bolsa coletora. E a outra ponta ficou fechada dentro.​

O procedimento envolve um corte de 30 cm a 40 cm, exatamente no mesmo lugar da cicatriz resultante das duas cirurgias anteriores. O orifício onde hoje está a bolsa de colostomia também será fechado. O presidente deve ficar com duas cicatrizes no abdome.

Segundo três gastrocirurgiões ouvidos pela reportagem, só quando o abdome estiver aberto é que será possível verificar claramente o grau de aderências na região.

Por causa dos ferimentos e dos procedimentos anteriores, é possível que haja alças intestinais grudadas entre si ou na parede abdominal.

O primeiro passo, então, é desgrudar esses tecidos. “Quanto mais aderências, mais a cirurgia pode demorar. Se a situação estiver favorável, pode levar três horas. Senão, de seis a 12 horas”, explica Diego Adão Fanti Silva, cirurgião do aparelho digestivo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). (Com informações da Folhapress)