A Procuradora-Geral de Justiça do Amazonas, Leda Albuquerque, através da portaria 2259/2019 determinou nesta segunda-feira (12), a criação de uma força tarefa para investigar os casos de corrupção apresentados pelo programa Câmera Record, da TV Record, no último domingo, de acordo com o documento, as investigações tem o prazo de dois meses para apresentar relatório de conclusão.
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O programa mostrou como a vida das pessoas da cidade foi afetada pelo suposto desvio das receitas do município. A equipe do jornalístico da TV Record analisou quase três mil páginas de processos e documentos com denúncias que envolvem a prefeitura.
A reportagem mostrou, também, desde licitações viciadas e fraudulentas que beneficiaram amigos do prefeito a “gastos astronômicos com combustível para abastecer carros da frota da cidade”. Segundo o Ministério Público do Estado (MPE-AM), “a quantidade de combustível era suficiente para dar mais de cem voltas ao mundo”. O programa revelou um esquema batizado de ‘mensalinho’, em que todos os vereadores recebiam propina para aprovar projetos.
Os problemas do ex-prefeito de Coari com a Justiça não se limitam a um fato. Em dezembro do ano passado, ele foi condenado a 57 anos e cinco meses de prisão, de acordo com sentença assinada pelo juiz titular da 2ª Vara Federal, Marllon Sousa. A sentença atende pedido do Ministério Público Federal (MPF), no Amazonas.
A ação trata de organização criminosa em atuação na administração de Adail enquanto prefeito, e diz que era “voltada à prática, em tese, de inúmeros crimes de: peculato, desvio e apropriação de recursos públicos, mediante dispensa indevida e direcionamento de licitações, falsificação e uso de documentos públicos e particulares falsos, lavagem de dinheiro, dentre outros”.