Laranjeiras News
Manaus – AM: A data era 19 de julho de 2019, caía um símbolo de ostentação e riqueza no Amazonas, a ex-primeira-dama do estado, Nejmi Aziz, sendo alvo de operação que investigava a prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa que desviava recursos da saúde.
Nejmi foi presa durante a Operação Vertex, da Polícia Federal (PF). A ação resultou também na prisão de três irmãos de Omar Aziz, Murad, Amim e Mansour Aziz, um assessor direto da ex-primeira-dama e três policiais militares.
Na época, Nejmi era vice-presidente estadual do PSD-AM e nas últimas eleições concorreu ao cargo de deputada estadual, mas não foi eleita. Nesse período chegou a declarar mais de R$ 30 milhões em bens, dez vezes o valor do seu marido, que somava pouco mais de R$ 3 milhões, e com um detalhe, Nejmi nunca ocupou um cargo público e nunca se ouviu falar de grandes atos de empreendedorismo.
As tramoias nos bastidores
Após passar o pesadelo de ser presa e fazer com que outras presas convivessem com ela, Nejmi teria feito um grande escândalo para o senador Omar Aziz e supostamente teria o pressionado para fazer com que ela assumisse o cargo de deputada estadual.
A jogada sórdida seria alçar o deputado estadual Augusto Ferraz (PSD) à prefeito de Iranduba para que ela assumisse o cargo como suplente do partido. Esta articulação contaria com peças importantes do Governo para fazer o jogo na parte financeira da campanha de Ferraz e dar a certeza que ele venceria as eleições.
Briga na Justiça
Existe uma briga incentivada pelo senador Omar Aziz em defesa de Nejmi para estadualizar o processo que a levou para a cadeia. Entenda: O processo que levou Nejmi Aziz para a prisão é federal, pois a verba desviada que era o objeto de investigação era federal.
Porém no entendimento de alguns juristas pró-Omar/Nejmi, quando essa verba sai dos cofres do Governo Federal e entra nos cofres do Governo do Estado, ela deixou de ser federal, e por isso, os processos que investigam Nejmi Aziz e os irmãos de Omar teriam que ser na justiça estadual.
Dito isso é possível afirmar que caso Nejmi assuma cargo na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em um remoto caso de sua prisão ser pedida novamente, ela iria para a Aleam e caberia aos parlamentares julgar a procedência ou não, é um plano ótimo.
Pessoas como essas não conhecem a palavra limite ou empatia, só ganância e poder e não medem esforços para alcançá-lo, mesmo que custe vidas, mesmo que custe um resquício da infame dignidade delas, elas precisam estar no poder, até chegar o momento que usurpam tanto que seu estado clínico não é de ladrões, mas de cleptomaníacos.