Apreensivo, Temer demonstra medo de ser preso após deixar Presidência

Em conversa com um grupo restrito de auxiliares, Michel Temer, ainda presidente da República, não escondeu seu receio de ser preso logo após deixar o Planalto.

O pessimismo do emedebista encontra base em diversas denúncias que vem sendo apresentadas contra ele.

A última acusa o presidente de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, acusa Temer de participar de um esquema de corrupção no setor de portos, dando conta de desvios que são estimados em R$ 32,6 milhões de reais, entre agosto de 2016 e junho de 2017. Além disso, Raquel já pediu a abertura de mais cinco inquéritos novos, todos ramificações do mesmo caso.

O atual presidente recebeu conselhos de passar uma temporada no exterior, mas refutou. Segundo ele, isso poderia ser interpretado como uma fuga. “Eu não vou fugir, vou enfrentar”, declarou. Ele também negou a hipótese de tentar uma indicação na embaixada, a fim de manter seu foro privilegiado.

Além da denúncia apresentada por Dodge, Temer responde a outras duas formuladas por Rodrigo Janot, ex-procurador-geral, baseadas em delações do grupo JBS. Também voltará a andar um inquérito anterior ao início do seu mandato, que envolve o repasse de R$ 10 milhões de reais do departamento de propinas da Odebrecht para o quase ex-presidente e seu grupo político.

Temer terá grandes processos pela frente, mas se defende: “Sempre fui extremamente discreto em tudo aquilo que eu faço. E, portanto, quando vêm os ataques de natureza moral, daí que realmente isso me caceteia, me chateia, me aborrece. É a única coisa que me aborrece. No mais, só posso orgulhar-me do que fiz ao longo do tempo”, declarou o presidente.