Manaus – M: A Arena BRB Mané Garrincha, palco da Copa do Mundo de 2014, recebeu na noite desta terça-feira (28/1) a cerimônia de abertura do 14º Encontro de Líderes – Fórum de Políticas Públicas, promovido pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea). O evento reúne representantes de todos os conselhos regionais do Brasil e tem como objetivo incentivar reflexões sobre o papel da engenharia, da agronomia e das geociências no desenvolvimento do país.
A abertura do evento foi marcada por uma Palestra Magna conduzida pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), que abordou a criação de cinco novas rotas de integração comercial entre o Brasil e os países vizinhos da América do Sul.
A presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas, Alzira Miranda, que está em Brasília com a comitiva do Crea-AM para o Encontro de Líderes, destacou a importância do primeiro dia do evento, que segue até quinta-feira (30/1).
“O Encontro de Líderes é um dos eventos mais importantes do ano, pois reúne os profissionais do sistema Confea/Crea/Mútua de todo o Brasil. Este ano, a abertura foi coroada com presenças ilustres e com a palavra de várias autoridades do nosso sistema, entre elas o presidente do Confea, Vinicius Marchese”, afirmou Alzira.
A presidente do Crea-AM ressaltou ainda a relevância das novas rotas de integração entre o Brasil e os países sul-americanos, apresentadas pela ministra Simone Tebet.
“O Brasil precisa avançar e fortalecer essa integração com os países vizinhos. Isso trará muito mais desenvolvimento para o nosso país”, completou.
Durante sua fala, Simone Tebet destacou a necessidade de ampliar a conexão entre o Brasil e os demais países da América do Sul.
“A América do Sul está de costas para o Brasil. Quem perde? O povo brasileiro. Quem perde? O povo sul-americano. (…) São 11 estados de fronteira no Brasil que não conseguem se desenvolver”, declarou a ministra, classificando a integração regional como uma oportunidade estratégica para enfrentar problemas econômicos e sociais, além de combater a fome e a pobreza.
As rotas propostas pelo governo federal por meio do ministério Planejamento e Orçamento são:
Rota 1 — Ilha das Guianas: exportação de alimentos e bens de consumo final para a Venezuela e a Guiana, além da Ásia e do Mercado Comum e Comunidade do Caribe;
Rota 2 — Amazônica: exportação de produtos da bioeconomia, máquinas, equipamentos e bens de consumo de Manaus para Peru, Equador e Colômbia, além da Ásia e América Central;
Rota 3 — Quadrante Rondon: exportação de alimentos, máquinas, equipamentos e bens de consumo final para a Peru, Bolívia e Chile, além do mercado asiático;
Rota 4 — Bioceânica de Capricórnio: exportação de alimentos, máquinas e equipamentos e bens de consumo final para Paraguai, Argentina e Chile, além do mercado asiático; e
Rota 5 — Porto Alegre–Coquimbo: exportação e importação de insumos, alimentos, máquinas e equipamentos e bens de consumo final para Argentina, Uruguai e Chile, além do mercado asiático.
Para a ministra, as cinco novas Rotas da Integração Sul-Americana podem abrir novas portas para as exportações brasileiras.