Arthur Neto está na mira do MPC por superfaturamento em gastos na pandemia

Prefeito Arthur Neto, primeira-dama Elisabeth Valeiko e deputado Ricardo Nicolau (Foto: Reprodução Facebook)

Laranjeiras News

Polícia Federal precisa investigar a gestão Arthur Neto, MPE omisso! 

MANAUS/AM – O Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM), está mirando a administração do prefeito Arthur Neto (PSDB), por conta dos valores gastos pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) no Hospital de Campanha Gilberto Novaes, que atende pacientes acometidos de Covid-19, doença causada pela pandemia do novo coronavírus.

A representação é datada do último dia 25 e é assinada pela procuradora Elissandra Monteiro Freire Alvares.

A procura pede também que sejam notificados o ex-secretário Marcelo Magaldi Alves, que deixou a titularidade da pasta na última semana e o representante da empresa Djalma Coelho.

O MPC pede que o Tribunal de Contas do Estado (TCE), investigue a suspeita de superfaturamento em contratos firmados entre a Semsa e a empresa Instituto de Saúde da Amazônia S/S. no valor de R$ 4,8 milhões e na compra de 30 mil frascos de álcool em gel pelo valor de R$ 705 mil. A representação do MPC também atenta ao fato do contrato prever 1.260 plantões noturnos e 1.440 diurnos pelo valor de R$ 1.800,00 cada.

Segundo a Susam, a empresa foi a única a apresentar proposta para o serviço. O MPC afirma que mesmo sendo a única, a administração pública tem a obrigação de verificar os valores. Ainda segundo a representação, o contrato com a empresa tem um sobrepreço de R$ 1,2 milhão.

O Corredores do Poder, no dia 16 de abril, revelou que a Prefeitura de Manaus pagou mais de R$ 700 mil em álcool em gel. A coluna mostrou o contrassenso do prefeito Arthur Neto de acertar com o presidente do Sindicato dos Proprietários de Drogarias (Sindigrogas), que não haveria aumento no preço do produto, logo depois o prefeito pagou R$ 186 mil a mais em 30 mil unidades.