Ainda na reunião que ocorreu no dia 22 de abril, onde o presidente Jair Bolsonaro durante a conversa com ministros sobre a pandemia do novo coronavírus. Estimulamos por Bolsonaro, protestavam sobre as medidas restritivas tomadas pelos governadores e prefeitos.
Na conversa, o presidente criticou os gestores que determinaram a abertura de covas coletivas para enterrar as vítimas da doença. Segundo pessoas que tiveram acesso às imagens gravadas da reunião, Bolsonaro fala diretamente do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), fazendo referência ao pai do político, Arthur Virgílio Filho, senador que foi perseguido e cassado pela ditadura militar (1964-1985).
O conteúdo da fala de Bolsonaro seria o seguinte, de acordo com o relato feito à coluna: “aquele ‘vagabundo’ do prefeito de Manaus, que está abrindo cova coletiva para enterrar gente e aumentar o índice da Covid. Vocês sabem filho de quem ele é, né?”, teria dito o presidente na reunião, rindo após fazer a pergunta retórica.
A gravação da referida reunião é até o momento a prova mais importante do inquérito que investiga a suposta tentativa de interferência na Polícia Federal por Bolsonaro, após as denúncias do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Enquanto o ex-juiz quer a divulgação de todo conteúdo da gravação, integrantes do governo defendem que seja liberado apenas parte dela.