O aumento de casos de Covid-19 nos últimos dias e a confirmação de mais de 1.200 casos de Influenza A mobilizam autoridade de saúde no Amazonas.
Nesta sexta-feira (7), o secretário de Saúde do Estado, Anoar Samad, visitou o hospital de combate à Covid-19 Nilton Lins e o HUGV (Hospital Universitário Getúlio Vargas) para monitorar a estrutura e disponibilidade de leitos.
De acordo com a SES-AM (Secretaria de Estada de Saúde do Amazonas), as unidades de saúde poderão ser utilizadas diante de eventual aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no Estado e, também, da necessidade de ampliação da rede de assistência.
A FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas) confirmou nesta sexta-feira o diagnóstico de 363 novos casos de Covid-19 no Estado. Na quinta-feira (6) foram confirmados 275 casos, o que mostra uma crescente no número de diagnósticos positivos nos últimos dias. Na quarta-feira, o registro foi de 178 casos em 24 horas.
Na quinta-feira, 1.544 pessoas com diagnóstico de Covid-19 estavam sendo acompanhadas pelas secretarias municipais de saúde, o que correspondia a 0,35% dos casos confirmados ativos.
Nesta sexta-feira, esse número subiu para 1.844, o que corresponde a 0,42% dos casos confirmados ativos.
Influenza
A FVS-AM também informou nesta sexta que no Amazonas já foram identificados 1.203 casos de Influenza A. Do total de casos, 84% (1.007) são da linhagem H3N2.
O boletim epidemiológico de Influenza destaca que a maior ocorrência dos casos de Influenza A (385 casos) foi registrada entre os dias 12 e 18 de dezembro de 2021, com redução nas semanas seguintes.
O total de casos foi confirmado a partir do processamento de 11.121 amostras pelo Lacen-AM (Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas). As amostras foram analisadas para detecção de Influenza e de outros vírus respiratórios, pelo método RT-PCR, e são provenientes de unidades de saúde do Amazonas onde os pacientes foram atendidos.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca a importância de as pessoas manterem as medidas de prevenção não farmacológicas, como forma de barrar a transmissão dos vírus respiratórios (uso de máscaras, cuidados com a higiene das mãos e distanciamento social).
“O Amazonas encontra-se no período sazonal para vírus respiratórios até maio. Houve aumento de casos, internações e óbitos por Influenza A, do tipo H3N2. Por isso, é tão importante que as pessoas se previnam”, afirmou a diretora.
Receio de piora
O secretário da SES-AM teme uma piora no número de casos e no agravamento das doenças, o que o fez visitar os hospitais nesta sexta e solicitar que seus diretores disponibilizem leitos.
“Quando apareceu a variante Delta, achamos prudente não entregar o hospital e observamos por 60 dias. Em novembro, veio o período nevrálgico e ficamos segurando, pois cada hora é uma novidade, como a Ômicron e a H3N2. Estamos com receio de piora nos próximos 15 ou 20 dias, com isso revisamos todo o hospital”, afirmou Anoar Samad.
O Hospital Nilton Lins mantém 81 leitos clínicos e 22 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) à disposição do governo. A determinação do secretário é para que a unidade esteja preparada para receber pacientes.
Ao hospital federal, o secretário solicitou um Plano de Cooperação no Enfrentamento às Síndromes Respiratórias Agudas Graves, incluindo a disponibilização de 54 leitos clínicos e 20 leitos de UTI, que estão desocupados na unidade.