Caso Flávio: Médico e defesa mentem, diz Alejandro Valeiko em depoimento na PC

Laudo médico comprado? 

Defesa quer enganar o poder judiciário? 

Alejandro Valeiko, um dos suspeitos de terem ligação com a morte do engenheiro Flávio Rodrigues, afirmou não sofrer de transtornos mentais e comportamentais em depoimento à Polícia Civil. A informação contesta o pedido da defesa do filho da terceira-dama do município, Elisabeth Valeiko, que chegou a conseguir a conversão da prisão temporária do cliente para domiciliar, o que foi posteriormente derrubada, no último dia 7, por meio de decisão do desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos.

À época, para conseguir a conversão, a defesa de Alejandro apresentou um laudo médico psiquiátrico, expedido pelo psiquiatra Dr. Olavo de Campos Pinto Júnior, que atende na cidade do Rio de Janeiro. O documento apontou que Alejandro tem transtorno esquizofreniforme e personalidade dissocial.

A declaração de Alejandro no depoimento foi dada na última segunda-feira (9) para a delegada Marília P S Campello Conceição, delegada adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), que investiga o caso.

À autoridade policial, Alejandro afirmou também que se considerada dependente químico e que chegou a ser internado nove vezes. A penúltima internação, segundo o próprio, ocorreu em janeiro deste ano, passando um mês e meio em uma clínica localizada no bairro Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.

Alejandro informou que faz uso de cocaína há sete anos, mas que em todas as vezes que consumiu o entorpecente estava fora de Manaus, a qual, de acordo com ele, mora há 2 anos e meio.

Durante o período, o investigado assegurou não ter consumido drogas. O “retorno” para a cocaína ocorreu, conforme ele, no dia 29 de setembro, data em que o engenheiro Flávio teria sido sequestrado e posteriormente assassinado.

Ele destacou ainda que a cocaína utilizada em sua residência, no condomínio Passaredo, no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, onde iniciou o Caso Flávio, foi fornecida por um homem chamado Mateus – ele não é um dos seis investigados pelo crime.