A situação complicou com o escândalo envolvendo o primogênito, Flávio Bolsonaro, senador eleito pelo Rio de Janeiro, e seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
O capítulo mais recente dessa história trouxe a revelação de que Flávio empregou, em seu gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), a mãe e a esposa de um ex-militar suspeito de comandar o Escritório do Crime, milícia especializada em assassinatos por encomenda.
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Bolsonaro diz em Davos que se seu filho Flávio errou, ele terá de pagar, embora lamente como pai
Com o agravamento da crise, assessores do presidente defendem que Bolsonaro seja blindado e que fique claro que apenas Flávio deve explicações ao Ministério Público e ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). O órgão apontou movimentação financeira “atípica” de Queiroz e identificou, por exemplo, 48 depósitos suspeitos em dinheiro que somam R$ 96 mil na conta bancária do próprio Flávio Bolsonaro. O senador eleito diz ser “vítima de campanha difamatória com objetivo de atingir o governo Jair Bolsonaro”.
O vice-presidente, general Hamilton Mourão (PRTB), que assume interinamente a Presidência durante a viagem de Bolsonaro para o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), tentou contemporizar o caso.
“O problema é dele [Flávio]. Mas o que acontece? Há essa repercussão toda por causa do sobrenome dele. Assim como ele, tem outros deputados da Assembleia Legislativa investigados por problemas similares”, afirmou Mourão na terça-feira (22). Mais de 20 gabinetes são investigados na Alerj, e a suspeita é de que os funcionários devolviam parte dos salários…