Embora pequeno territorialmente, país tem a 3ª maior reserva de gás natural do mundo e é um dos maiores exportadores à Europa, que está prestes a entrar em inverno intenso
O emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, afirmou, neste sábado (14), que vai cortar as exportações de gás natural para o Ocidente se Israel não parar imediatamente os bombardeiros contra Gaza.
Embora muito pequeno, com território menor do que Sergipe (menor estado brasileiro), e com população de apenas três milhões de pessoas, o Catar tem a terceira maior reserva de gás natural do mundo, atrás apenas da Rússia e do Irã, países muito maiores em extensão territorial. E também é o segundo maior exportador do planeta.
Desde que a União Europeia impôs sanções ao gás russo devido à invasão à Ucrânia, o Catar tornou-se um dos principais exportadores de gás natural para o bloco econômico, em particular a Alemanha, que assinou contrato de 15 anos com a QatarEnergy, empresa estatal de petróleo e gás do Catar, a fim de suprir a lacuna deixada pela Rússia.
A ameaça do Catar veio em um momento em que a demanda por gás cresce rapidamente no continente, uma vez que o inverno europeu começa em 21 de dezembro – devido ao fenômeno El Niño, a previsão é de um inverno ainda mais intenso na Europa, com temperaturas negativas.
Em 2021, os 27 países da União Europeia consumiram 412 mil milhões de m³ de gás. O gás é utilizado principalmente para a produção de eletricidade, o aquecimento doméstico e os processos industriais. Mais de 30 % dos agregados familiares da UE utilizam gás para aquecer suas casas.