O tucano também agradeceu o apoio das lideranças, e calculou os deficits econômicos, além de citar o número de desempregados no Brasil. “Não é uma tarefa para um partido só, ou uma pessoa só. É para um coletivo”, afirmou. Em um possível governo, ele disse estar empenhado em buscar emprego, renda e desenvolvimento. Ao lado de 11 homens à mesa, Alckmin afirmou que, para compor os ministérios em 2019, terá “o máximo possível de mulheres”.
O tucano continua com um problema: a escolha do vice. O primeiro cotado, Josué de Alencar (PR) , filho do ex-presidente José de Alencar, até declarou apoio ao pré-candidato do PSDB, mas a mãe do empresário, Marisa Gomes, não gostou do afastamento do filho do PT.
Agora, um dos bem cotados para o posto é o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM). O problema é que essa “dobradinha” pode acabar deixando os democratas muito fortalecidos, já que a sigla também pretende concorrer à reeleição para a presidência da Câmara dos Deputados, com Rodrigo Maia. Por último, uma eventual parceria com o ex-ministro da Ciência e Tecnologia Aldo Rebelo (SD) poderia desagradar dirigentes do Centrão, já que Rebelo tem pensamentos considerados muito à esquerda.
Questionado sobre o assunto, Alckmin disse não ter pressa na escolha, mas que o assunto deve ser oficializado até 4 de agosto, data na qual o PSDB fará a convenção partidária. “Para ter vice, tem que ter candidato. Mas só hoje que o Centro Democrático (como o Centrão prefere ser chamado) decidiu pela nossa pré-candidatura. A partir de agora, vamos nos debruçar pela questão de vice”, afirmou.
Antes do anúncio, Mendonça frisou apoio ao tucano, mas desconversou sobre o assunto de ser vice. “O que posso dizer é que ele (Josué) é um nome superqualificado e eu me sentiria superfeliz em ter ele me vice”, garantiu. Sobre Alckmin, o ex-ministro também não poupou elogios, ao dizer que “não existe solução fácil na vida pública, mas ele é o melhor caminho”.
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Carta de Maia
No início da coletiva, o presidente nacional do DEM, o deputado ACM Neto, leu uma carta de Rodrigo Maia, na qual o demista mostra os feitos à frente da Câmara dos Deputados e se afirma como candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro, primeiro passo para seguir como presidente da Câmara.
O presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, disse estar “alegre” pela oficialização do apoio à candidatura de Alckmin. O deputado federal Milton Monte (PR), em nome do partido, também discursou em favor da aliança, ao dizer que a sigla escolhia Alckmin por acreditar que, juntos, todos “vão construir um futuro para o povo brasileiro”.