“Chegamos ao limite”, diz Bolsonaro ao citar Forças Armadas para cumprir a Constituição

Circo dos horrores 2 a missão 

Alguém tem que dizem para o Presidente Jair Bolsonaro que ele é inquilino do planalto, não dono! 

O presidente Jair Bolsonaro, foi até o Palácio do Planalto neste domingo (3.mai.2020) para saudar a distância manifestantes que faziam ato em sua defesa.

O presidente transmitiu a manifestação em suas redes sociais. Ele afirmou: “chegamos no limite. Não tem mais conversa. Faremos cumprir a Constituição. Não tem uma mão só.  Nesta semana vamos nomear o diretor da PF [Polícia Federal]. Bolsonaro havia nomeado Alexandre Ramagem para o cargo,  mas a decisão  foi derrubada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Mais de 5 mil apoiadores, segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal, participaram do movimento. Gritavam palavras de ordem como “fora, Maia”, e mostravam outras diversas faixas, como “fora STF”, em crítica ao Supremo Tribunal Federal).

Sem máscara, Bolsonaro levou a filha Laura, de 9 anos. O presidente não foi à grade do Planalto, mas liberou a entrada de alguns participantes do ato, que subiram a rampa e estenderam uma bandeira do Brasil. Ao lado do presidente, havia 1 mastro improvisado com uma bandeira do Brasil no topo, a de Israel no meio e a dos Estados Unidos logo abaixo.

Em determinado trecho da gravação, enquanto Bolsonaro comenta os impactos que o coronavírus pode trazer para o país, alguém o avisa que manifestantes estavam expulsando jornalistas da TV Globo do local. O presidente faz sinal não se importar e diz: “o pessoal da Globo vem aqui para pegar 1 cara e falar besteira. Essa TV realmente foi longe demais. TV Globo foi longe demais. Manifestação popular, com pessoas de bem, chefes de família. Aqui do meu lado tem 1 pai e duas crianças”.

“Nós queremos o melhor para o nosso país. Queremos a independência verdadeira dos 3 Poderes, não apenas uma letra na Constituição. Não queremos isso. Chega de interferência. Não vamos mais admitir interferência. Deixar bem claro isso aí. Acabou a paciência. Vamos levar esse Brasil para frente. Acredito no povo brasileiro e nós todos acreditamos no Brasil”, acrescentou .

O presidente insistiu na defesa do protesto e voltou a criticar as medidas de isolamento aplicadas pelos prefeitos: “Manifestação espontânea do povo aqui em Brasília pela governabilidade, pela liberdade, pela democracia. Isso nunca aconteceu em governo nenhum. Muitos querem voltar ao trabalho. O governador aqui [Ibaneis Rocha] já está abrindo. O Brasil como 1 todo reclama: volta ao trabalho. Essa destruição de empregos irresponsável por parte de alguns governadores é inadmissível. O preço vai ser muito alto na frente. Fome, emprego, miséria”.

Sobre a pandemia, Bolsonaro disse: “Sabemos do efeito do vírus. Mas, infelizmente, muitos serão infectados, infelizmente. Muitos perderão suas vidas também, mas é uma realidade que temos que enfrentar. Não podemos fazer com que o efeito colateral de tratamento do combate ao vírus seja mais danoso do que o próprio vírus. Há 50 dias venho falando isso”.