Com ida quase certa para Semed, Pauderney se aproxima de empresários

MANAUS, 19.03.2013SECRETARIO MUNICIPAL DE EDUCACAO, PAUDERNEY AVELINO

Manaus – AM: O ex-deputado e ex-secretário Pauderney Avelino, dirigente do Democratas no Amazonas, já dá como certa sua ida para a Secretaria de Educação do Município (Semed) da gestão do prefeito eleito David Almeida (Avante).

Informações de bastidores dão conta de que o ex-secretário já tem feito aproximações com empresários de alto coturno que prestam serviços para a pasta, o que sinaliza bons negócios (ainda não se sabe pra quem). A aproximação visa defender grandes contratos de uma empresa de manutenção predial.

Pauderney já foi secretário de educação do município em 2013. Em 2014 suas contas como deputado foram rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AM), na ocasião o relator do processo desembargador Délcio Luís Santos apontou várias irregularidades, como movimentações financeiras fora da conta específica do candidato e omissões de registros de despesas. O magistrado também citou um grande número de abastecimentos de combustível entre veículos não declarados à Justiça Eleitoral na prestação de contas do político.

Em 2016, o ex-secretário foi alvo de ação do Ministério Público do Amazonas (MPAM), sobre a compra de gibis e almanaques da Turma da Mônica. O Contrato n° 078/2013, celebrado entre a Semed e a empresa Conesul Plus Comercial e Logística Ltda., foi assinado pelo então secretário Pauderney Avelino, uma semana antes de ele deixar o cargo na secretaria e retornar para a Câmara federal. De acordo com o extrato do inquérito, havia suspeita de que as revistas e almanaques foram adquiridas por valores superfaturados. Naquele momento, Pauderney afirmou que “Não existiu superfaturamento, pelo contrário a compra foi feito é com desconto. Não existe nenhuma dificuldade em comprovar a lisura deste processo.”

Também em 2016, o atual parlamentar foi condenado a devolver R$ 4,6 milhões aos cofres públicos por determinação do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE/AM). O valor seria referente a contratos de aluguel de prédios para funcionamento de escolas com sobrepreço, no período em que o deputado atuou como secretário de Educação de Manaus.

Então, seria uma boa escolha?