Complexo eólico de Fortim, no Ceará, recebe licença prévia de órgão ambiental

A Brasil Ventos, subsidiária de Furnas Centrais Elétricas, recebeu licença prévia da Superintendência Meio Ambiente do Ceará para a construção de uma linha de transmissão, de 70 quilômetros (Km) de extensão, que possibilitará o escoamento da energia gerada pelo complexo eólico que será instalado no município de Fortim, a 135 km de Fortaleza.

A linha Jandaia-Russas II passará por seis municípios: Fortim, Aracati, Itaiçaba, Jaguaruana, Palhano e Russas.

O Complexo Eólico de Fortim, com 41 aerogeradores distribuídos em cinco parques, terá um investimento de R$ 650 milhões, por meio de financiamento do Banco do Nordeste. O complexo terá capacidade de gerar energia elétrica suficiente para atender 174 mil famílias ou ainda uma cidade de 600 mil habitantes.

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Com previsão de início de operação para novembro do próximo ano, O Complexo de Fortim se juntará ao portfólio de Furnas, que colocou em operação nos últimos anos outras obras importantes, como o 1º Bipolo do Linhão de Belo Monte, as usinas hidrelétricas São Manoel, em Mato Grosso; e Santo Antonio, em Rondônia.

Furnas Centrais Elétricas pretende aumentar em mil megawatts (MW) a participação da energia eólica (proveniente dos ventos) em sua matriz energética e, para isso, vai investir R$ 5 bilhões até 2022.
A intenção da subsidiária da Eletrobras é colocar energia solar em todos os seus três parques eólicos e em algumas de suas 21 usinas hidrelétricas, inclusive a de Itumbiara, que é a maior usina hidrelétrica da subsidiária da Eletrobras, com capacidade instalada de 2.082 MW a partir de seis unidades geradoras.
As unidades eólicas vão funcionar como geração completar ao Sistema Furnas, que opera, além das 21 usinas hidrelétricas, duas termelétricas, três parques eólicos, e tem mais de 29 mil quilômetros (km) de linhas de transmissão.
Em franca expansão no País, a energia eólica já responde em situações de necessidade, por exemplo, por mais de 60{9028a083913d3589f23731fda815f82dd580307fd08b763e2905f04954bd625c} do abastecimento da Região Nordeste e vem sendo fundamental para a garantia de suprimento para a região, segundo avaliação do próprio Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

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A estiagem que há mais de seis anos atinge o Nordeste, com forte impacto nas usinas da Bacia do São Francisco, aumentou a importância estratégica da fonte eólica, tornando-a fundamental para a região.
“Com a redução das chuvas e consequentemente das afluências nós tivemos que buscar nova fonte e aí a que efetivamente apareceu foi a fonte eólica e o resultado tem sido excepcional, até porque a região é acometida por ventos excepcionais e razoavelmente constantes, o que proporciona para a geração eólica uma capacidade de geração que se situa entre as melhores do mundo”, disse recentemente o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata.