O presidente da República defendeu reajuste ao funcionalismo público se PEC dos Precatórios for aprovada
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quinta-feira (18/11), que não vê espaço para o reajuste dos servidores anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após a PEC dos Precatórios ter sido aprovada na Casa na última semana.
“Eu absolutamente não vi esse espaço. Não conheço esse espaço. Os números que foram apresentados pela [pasta da] Economia à Câmara não previam esse aumento. Eu penso que aquele portfólio de custo amplamente divulgado à imprensa seja honrado para que a gente tenha a fidedignidade do que foi acertado nas discussões do plenário. Não lembro de nenhum tipo de espaço para dar nenhum tipo de aumento”, declarou Lira a jornalistas.
Em tour pelo Oriente Médio, o presidente da República defendeu reajuste ao funcionalismo público se a PEC dos Precatórios for aprovada no Senado.
“Pálido apoio”
Lira disse ainda que considera já ter feito sua parte para tentar aprovar a reforma administrativa, que mexe nas regras para o funcionalismo público, no entanto, segundo ele, não houve empenho do governo para aprovar a PEC.
Ele afirmou que, até agora, houve um “pálido apoio” à proposta e, diante disso, dificilmente será possível votá-la até o final dos trabalhos neste ano.
“Temos basicamente de 4 a 5 semanas de funcionamento da Câmara e do Senado neste ano, e temos orçamento para discutir matérias importantes ainda para votar”, ressaltou.
“No caso da reforma administrativa, nós cumprimos o que falamos. Não mexemos em nenhum direito adquirido dos funcionários que já existem, não mexemos no sistema de aposentadoria, mantivemos todos os direitos até porque não é necessário para se fazer uma reforma para o futuro se mexer nisso. Mas com a pouca mobilização de quem quer a PEC e até agora o pálido apoio do governo, a gente não tem como trazer de novo uma matéria dessa à pauta, com as discussões como elas se encontram”, destacou.