Correios acusam J&T Express de concorrência desleal e pedem investigação ao Cade

🚨 Correios pedem ao Cade investigação contra J&T Express por concorrência desleal

Os Correios solicitaram formalmente ao Ministério da Fazenda que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abra um processo contra a transportadora J&T Express Brasil, conhecida por atuar fortemente com plataformas como Shopee, Temu e outras varejistas do e-commerce.

A acusação principal gira em torno de uma política de preços predatória, com margens negativas superiores a 40%, o que, segundo os Correios, compromete a sustentabilidade do mercado logístico brasileiro e prejudica a concorrência leal.

🔍 Possível prática anticoncorrencial

No ofício enviado, os Correios solicitam que o Cade reavalie a ação da Abraed (Associação Brasileira de Empresas de Distribuição), arquivada anteriormente. Além disso, recomendam à Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) a elaboração de uma nova representação, solicitando a abertura imediata de processo administrativo contra a J&T Express.

Imagem/reprodução: J&T Express. A transportadora da Indonésia é muito conhecida por entregar encomendas da Shopee.

A denúncia inclui relatos de pequenas transportadoras que afirmam terem sido excluídas do mercado por práticas consideradas abusivas e fraudulentas por parte da J&T, o que levanta um sinal de alerta sobre risco de monopólio e eliminação da concorrência no setor de entregas expressas.

⚠️ Correios alertam para impacto no mercado

A estatal defende que a atuação do Cade é urgente e essencial para coibir estratégias predatórias e proteger o ambiente competitivo. Segundo os Correios, a continuidade dessas práticas pode levar à quebra de pequenos operadores logísticos, reduzindo a diversidade de serviços e prejudicando consumidores e empresas em todo o país.

📢 Posicionamento da J&T Express

Em resposta à reportagem da Folha de S.Paulo, a J&T Express Brasil negou qualquer irregularidade e afirmou que atua em conformidade com a legislação brasileira e os princípios da livre concorrência.

A empresa também lembrou que denúncias semelhantes feitas anteriormente pela Abraed já foram analisadas pelo Cade e arquivadas por falta de indícios de conduta anticoncorrencial.