CPI identifica 7 núcleos em suposta organização criada para disseminar fake news

A CPI da Pandemia já tem algumas conclusões sobre a suposta organização criada para disseminar fake news durante a pandemia. Em um capítulo dedicado à investigação de notícias falsas, a comissão decidiu dividir os responsáveis em núcleos de atuação.

Os sete núcleos se subdividem em: comandoformuladorexecução e apoio às decisõespolíticoprodução de fake newsdisseminação e, por último, financiamento.

Entre os pedidos de indiciamento neste capítulo estão os três filhos do presidente da república, Carlos, Flávio e Eduardo, além do próprio Jair Bolsonaro. Todos, segundo relatam técnicos que participam da elaboração do material, estão inseridos no núcleo de comando.

A conclusão se deu após a CPI analisar diversas postagens e publicações da família Bolsonaro onde foram verificadas a divulgação de teses, teorias e conspirações contrárias as medidas adotadas na pandemia para conter o vírus. Como, por exemplo, ataques à vacina e as restrições de circulação e toque de recolher. Para a comissão, o presidente e os filhos foram os principais líderes da engrenagem para a divulgação dessas informações, uma vez que a partir de suas postagens, mídias e influenciadores bolsonaristas impulsionavam a teoria defendida pelo núcleo.

A CPI também identificou os demais responsáveis por atuar na divulgação de notícias falsas. A lista do total de indiciados está sob análise da comissão, mas nomes como de Filipe Martins, assessor de assuntos internacionais do palácio do Planalto, aparece no núcleo formulador, ou seja, a ala designada a criar e elaborar as postagens.

A leitura do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) está marcada para o dia 19 de outubro. No dia seguinte, o colegiado votará o parecer final.

Em nota, o vereador Carlos Bolsonaro disse que “se esse indiciamento de fato ocorrer, será totalmente sem fundamento nos fatos apurados na CPI e nas inúmeras narrativas criadas que não se sustentaram com o tempo”. Em entrevista à CNN, o senador Flávio Bolsonaro classificou o relatório de Renan Calheiros como uma “peça fantasiosa”.