A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, formada por deputados e senadores, aprovou nesta quinta-feira a convocação do ex-procurador Marcello Miller, suspeito de fazer “jogo duplo” ao orientar delatores durante as negociações do acordo de colaboração premiada de executivos da empresa, e o procurador Ângelo Goulart Vilella, que foi preso após suspeita de vazar informações de operações que tinham como alvo a companhia.
Antes, o colegiado havia aprovado o convite (que pode ser recusado) do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e de seu ex-chefe de gabinete, Eduardo Pelella. Os parlamentares também aprovaram a convocação dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS, além do diretor de relações institucionais do grupo, Ricardo Saud, todos eles delatores.
A CPMI do JBS tem como foco apurar os negócios do grupo frigorífico com o BNDES e o acordo de delação premiada da empresa com a Procuradoria-Geral da República. O petista Luciano Coutinho, que presidiu o banco estatal na gestão Dilma Rousseff (PT), também foi convocado.