💥 Demissão de Wajngarten, a pedido de Michelle Bolsonaro, expõe racha na direita para 2026
Brasília (DF) — A demissão de Fábio Wajngarten, advogado e marqueteiro de Jair Bolsonaro (PL), foi um pedido direto da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e escancarou a crescente divisão na direita sobre quem deve disputar a Presidência da República em 2026.
O estopim para a saída foi a divulgação de uma troca de mensagens entre Wajngarten e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, onde ambos ironizavam a possibilidade de Michelle ser candidata. O diálogo ocorreu em janeiro de 2023, meses antes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarar Bolsonaro inelegível, em junho do mesmo ano.
Você pode relembrar as mensagens aqui
⚠️ Conversa polêmica acelerou a crise
Na conversa vazada, Wajngarten afirmou que não apoiava Michelle como sucessora política e ainda sugeriu que os próprios filhos de Bolsonaro também rejeitariam a ideia de vê-la na disputa pelo Planalto. A repercussão foi imediata e culminou no seu afastamento do núcleo político do PL.

Este episódio evidenciou que o racha na direita sobre quem herdará os votos de Bolsonaro para 2026 não é recente, mas vem se desenhando desde antes da sua inelegibilidade.
🔀 Direita dividida: quem será o sucessor de Bolsonaro?
De um lado, está a família Bolsonaro, que quer manter o comando da direita e acredita que colocar Michelle como candidata seria uma forma de garantir uma eventual anistia ou indulto para o ex-presidente, caso ele seja condenado pelos processos relacionados à tentativa de golpe de Estado.
Por outro lado, há uma ala que considera essa estratégia arriscada. Esse grupo, no qual se inserem Wajngarten e Mauro Cid, defende que Michelle pode ser uma alternativa mais viável para o Senado, mas não para o Palácio do Planalto.
🗣️ Malafaia entra em cena
O episódio ganhou ainda mais repercussão após o pastor Silas Malafaia sair em defesa pública de Wajngarten. “Você tem minha solidariedade. Não gosto de ver covardia e gente que não tem memória de coisas boas. Estão sempre prontos para apontar falhas, nunca acertos”, declarou Malafaia nas redes sociais.
Curiosamente, na mesma troca de mensagens com Cid, Wajngarten chegou a sugerir que o próprio Malafaia poderia ser uma opção para a disputa presidencial: “Vou meter o Malafaia. Pode escrever. Para derrotar o PT, Lula e a esquerda, precisaremos de um grande nome e de fora”, afirmou o ex-marqueteiro.
🧩 Família Bolsonaro também está dividida
Nem mesmo dentro da própria família há consenso. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), considerado o mais pragmático dos filhos do ex-presidente, já sinalizou nos bastidores, no início de 2025, que prefere Michelle a um nome de fora, caso ela consiga se viabilizar eleitoralmente.
Por outro lado, outros filhos de Bolsonaro são reticentes com essa possibilidade, reforçando ainda mais a fragmentação no grupo político.