Manaus – AM: A formalização do acordo, sem a realização de qualquer consulta pública, suscita dúvidas sobre a transparência e a ética do procedimento licitatório.
Uma decisão imoral tomada pelo presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), David Reis (Avante), na quarta-feira passada (30), tem provocado polêmica na seara da política baré. Através de um contrato sem licitação, o rei de plantão celebrou um acordo no montante de R$ 2,7 milhões com a companhia de Cristina Calderaro, proprietária da TV A Crítica.
O documento divulgado no Diário Oficial da casa do povo estabelece um compromisso com a empresa Radio Tarumã Ltda, pertencente à Rede Calderaro de Comunicação (RCC), mencionando uma “contratação emergencial”. No entanto, não existe nenhuma emergência atual em Manaus que justifique a ausência do processo de licitação.
A seleção da empresa de Cristina Calderaro indica um possível benefício indevido, que precisa ser investigado pelos órgãos de fiscalização.
A razão para a dispensa do procedimento licitatório foi a alegada urgência na aquisição de serviços de aluguel de equipamentos de transmissão, sistemas de irradiação, estúdio, torre, abrigo, climatização e fornecimento de energia, mesmo existindo outras empresas em Manaus que prestam esse tipo de serviço. A formalização do acordo, sem a realização de qualquer consulta pública, suscita dúvidas sobre a transparência e a legitimidade do procedimento.