Defesa de Fabrício Queiroz apresenta pedido de habeas corpus à Justiça

Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira - Nelson Almeida / AFP

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi preso em Atibaia, interior de São Paulo, nesta quinta-feira

Rio – A defesa de Fabrício Queiroz apresentou nesta sexta-feira à Justiça do Rio um pedido de habeas corpus. Paulo Catta Preta, advogado do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, solicita a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.

A informação foi divulgada pela GloboNews.
O PM reformado ocupa uma cela com seis metros quadrados com uma cama, chuveiro, vaso sanitário e pia no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, de acordo com a Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap). Queiroz foi preso ontem durante a Operação Anjo.
O ex-assessor deu entrada no presídio por volta das 15h25 de ontem, depois de passar pela Cadeia de Benfica, na Zona Norte. O PM reformado foi preso no início da manhã, em Atibaia, no interior de São Paulo, e chegou ao Rio por volta das 12h. Antes de ser levado ao sistema prisional do estado, fez um exame de corpo de delito no IML de São Cristóvão.
Durante os primeiros 14 dias em que estiver em Bangu, Queiroz vai ficar sozinho em sua cela, isolado por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Assim como todos os demais detentos, na cadeia, ele tem direito a quatro refeições diárias: café da manhã, almoço, lanche e jantar pelo Presídio de Benfica.
RACHADINHA
Queiroz foi preso em uma casa de Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro. Ele estava no local há cerca de um ano. A polícia, que monitorava a residência há aproximadamente um mês, precisou arrombar a porta e o portão do imóvel.
O PM é investigado no esquema de “rachadinha” que funcionaria no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando o filho do presidente Jair Bolsonaro foi deputado estadual. Ele também é investigado por lavagem de dinheiro em transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados.
Queiroz virou alvo do Ministério Público estadual (MPRJ) após um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) apontar uma movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão.
Em abril do ano passado, a Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do PM, do senador Flávio Bolsonaro e de outras 84 pessoas.
Em dezembro, Queiroz e outros ex-assessores de Flávio já haviam sido alvos de uma operação de cumprimento de busca e apreensão do MPRJ.