A desembargadora Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região de Brasília (TRF1), pediu nesta sexta-feira (12) à Justiça Federal do Amazonas informações sobre a prisão do ex-governador José Melo e da ex-primeira-dama Edilene Oliveira, presos durante a terceira etapa da Operação Maus Caminhos. As informações serão utilizadas na avaliação do pedido de Habeas Corpus ingressado pela defesa de Melo e Edilene na última segunda-feira (8).
De acordo com o despacho enviado hoje, as informações devem ser repassadas em até 72 horas a partir da confirmação do recebimento do pedido do TRF1.
“A desembargadora enviou o despacho para que o juiz explique porque está fazendo o que nós (a defesa) entendemos o que não deveria ser feito”, afirmou o advogado José Carlos Cavalcanti Filho, que não revelou os argumentos utilizados no pedido Habeas Corpus.
“Estamos confiantes. Quando sair a decisão sobre o Habeas Corpus, eu irei revelar os argumentos usados no pedido. É necessário o sigilo”, finalizou.
No último dia 4, a Justiça Federal acatou um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e decretou a prisão preventiva da ex-primeira dama do Estado do Amazonas, Edilene Oliveira, e do ex-governador José Melo, que já estava preso temporariamente desde o réveillon, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Manaus.
Segundo o MPF, José Melo recebia propinas de uma organização criminosa que desviou mais de R$ 100 milhões dos cofres do Estado, especificamente da área da Saúde.
Melo e Edilene estavam ameaçando as testemunhas da Operação Custo Político, desdobramento da operação Maus Caminhos, que apura os desvios milionários, de acordo com a Justiça Federal.