
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou, nesta 2ª feira (30.abr.2018), a cúpula do PT e o empresário Marcelo Odebrecht por corrupção passiva e ativa e por lavagem de dinheiro.
Foram denunciados o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e os ex-ministros dos governos petistas Antonio Palocci e Paulo Bernardo.
O coordenador geral da campanha de Gleisi em 2014, Leones Dall’Agnol, também é alvo.
Segundo a denúncia (leia a íntegra), os crimes aconteceram nas eleições de 2010, quando a Odebrecht teria prometido ao então presidente Lula a doação de US$ 40 milhões em troca de decisões políticas que beneficiassem o grupo.
A investigação aponta que a soma disponibilizada ao PT chegaria a R$ 64 milhões e teria sido utilizada por Gleisi em 2014, quando a senadora concorreu ao governo do Paraná.
A denúncia foi feita no âmbito da operação Lava Jato com base nas delações dos executivos da Odebrecht. A peça afirma ter provas dos crimes baseadas em documentos apreendidos por ordem judicial, e fruto de quebra de sigilos telefônicos.
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A peça afirma que entre as contrapartidas realizadas pelo PT estavam o aumento da linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a Angola, realizada em junho de 2010.
A Angola teve seu limite de crédito ampliado para R$ 1 bilhão, favorecendo a Odebrecht que atuava como exportadora de serviços.
Outro lado
A defesa do ex-minsitro Antonio Palocci afirmou que “só se manifestará quanto ao teor dessa nova acusação após estudar o conteúdo da denúncia”.