Eleição: Samir Xaud  é o novo presidente da CBF 

A eleição marca um momento delicado na entidade, com crise interna e divisões entre clubes. Embora tenha sido o único candidato, Xaud não conseguiu unanimidade – sinal de que sua liderança começa sob questionamentos e resistência, principalmente por parte dos clubes da elite do futebol brasileiro.

Dos 141 pontos possíveis, ele obteve 103, com parte significativa dos votos vindo das federações estaduais, que têm maior peso. Muitos clubes, insatisfeitos com o processo, boicotaram a eleição – um reflexo do racha atual. A ausência de uma alternativa competitiva e a rejeição ao formato da votação online, especialmente em dia de rodada do Brasileirão, agravaram ainda mais as tensões.

A presença de clubes como Operário e Santos, que ignoraram o boicote, e a ausência de Bragantino e Ferroviária, que tinham prometido comparecer, evidenciam a instabilidade do cenário político da CBF.

Agora, com mandato até 2029, Xaud e seus oito vice-presidentes terão o desafio de reconstruir pontes com os clubes, retomar a credibilidade da instituição e lidar com as cobranças por maior transparência e representatividade no futebol brasileiro.