Em Barreirinha e Maués, David enfatiza a importância de fortalecer a UEA com novos cursos para impulsionar o desenvolvimento econômico nos municípios

Depois da calorosa recepção em Itacoatiara na quarta-feira (5), o candidato da coligação Renova Amazonas, David Almeida (PSB), foi bem recebido em Barreirinha e Maués, nesta quinta-feira (6).

Nas duas cidades, David defendeu o fortalecimento dos polos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com a ampliação do número dos cursos de graduação; o Zoneamento Econômico Ecológico, para a geração de emprego e renda; além da criação de políticas para a juventude da capital e do interior.

David disse que, por muitos anos, os outros governadores do Estado iludiram os municípios com a promessa de instalar unidades da UEA, mas o custo de manutenção e de operação inviabilizaram inúmeras construções pelo interior. “Eu tenho viajado pelos municípios amazonenses, os grandes e os pequenos, e tenho visto – em pelo menos 30 deles – prédios abandonados, construções em ruínas feitas, porque aqueles governos que só queriam iludir o povo com falsas promessas. Hoje o que vemos são escombros, dinheiro público jogado fora e pessoas sem oportunidades”, disse o candidato.

Para David, que é presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), a criação de oportunidades para os jovens do interior começa pelo fortalecimento das unidades polos da UEA, com a construção de casas de estudantes para receber os acadêmicos das cidades do entorno, principalmente pela diversificação dos cursos de graduação dessas unidades. “O governo pode muito bem oferecer cursos de medicina, direito, engenharia e arquitetura nessas unidades polos e permitir que o jovem do interior se torne um advogado ou um engenheiro na cidade onde nasceu e, assim, ter condições de lutar por uma vaga mercado de trabalho”, disse.

Dentro do programa de Zoneamento Econômico Ecológico, David defendeu que os polos da UEA ofereçam cursos de graduação voltados para as potencialidades das regiões, na agricultura, pecuária, pesca, entre outras especialidades que possam potencializar o setor primário no interior.

Chico Preto assegura implantação do Zoneamento Econômico Ecológico

“O Estado deve entrar com um campus universitário em cada grande polo da UEA, e os filhos de Barreirinha, por exemplo, vão estudar nas maiores cidades, com toda a infraestrutura, com café da manhã, almoço e jantar numa casa do estudante. Assim, irão desenvolver as suas potencialidades e render o seu melhor na sua cidade natal, como técnico agrícola, agrônomo, ou veterinário, por exemplo, onde o setor primário é forte com a agronomia, a agropecuária e a piscicultura”, disse.

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David reforçou a necessidade de fortalecer os grandes polos e oferecer os melhores cursos possíveis, para que os alunos amazonenses possam desenvolver as suas potencialidades. “Hoje nós temos, em cidades muito pequenas, uma UEA com apenas um curso. Praticamente a metade da população está formada apenas naquele curso e não tem trabalho para todos eles nessa área. Fizeram errado, porque fizeram promessas vãs, em período eleitoral. É necessário identificar um lugar onde o filho de Barreirinha, por exemplo, possa fazer um curso de medicina, de odontologia, engenharia e aí procurar o mercado de trabalho”, salientou David.

Para o professor, Carlos Augusto Marinho da Silva, secretário do Sindicato dos Profissionais da Educação de Barreirinha (Sinprobae), o interior espera a diversificação dos cursos de graduação nos polos da UEA. “Com mais cursos nós teríamos a certeza de que o aluno do interior teria oportunidades de viver novas experiências. Aqui em Barreirinha nós tivemos a oportunidade, mas perdemos a instalação de um núcleo da UEA voltado para licenciaturas e pedagogia para fortalecer o ensino na nossa cidade”, avaliou.

Desenvolvimento

O candidato da coligação Renova Amazonas disse que se faz necessário desenvolver o Amazonas. “No ano passado, quando fui governador inteiro do Amazonas, por pouco mais de quatro meses, eu deixei pronto um projeto com o qual nenhum outro governador se preocupou e conseguiu fazer – o programa de Zoneamento Econômico Ecológico do Amazonas. Qualquer pessoa que venha aqui em Barreirinha e fale em desenvolvimento sem o Zoneamento está enchendo linguiça, porque o Amazonas só vai se desenvolver, quando for feito o Zoneamento Econômico Ecológico, que identifica todas as áreas produtivas e as suas respectivas potencialidades”, disse.

David contou que passou por Itacoatiara, onde discutiu que nas cidades de Silves, Itapiranga, Autazes e Nova Olinda do Norte, por exemplo, o Amazonas tem um potencial mineral maravilhoso para ser explorado: o gás natural, em Silves; o potássio, em Autazes e Nova Olinda; e o petróleo que encontraram ali próximo de Itapiranga.

“Têm empresas que querem investir nesse setor, no nosso Estado. São investimentos da ordem de R$ 2 bilhões, que vão gerar muitos empregos no interior do Amazonas e possibilidades para os jovens que precisam oportunidades para desenvolver as suas potencialidades. Acontece que o Estado não tem uma política pública de inclusão social, de geração de emprego, de qualificação profissional, o que deixa muitos jovens à mercê da marginalidade, do tráfico de drogas. O Zoneamento prevê o desenvolvimento a partir qualificação dos nossos jovens”, avaliou.