Cid Gomes, senador em conflito com seu irmão, o ex-ministro Ciro Gomes, afirmou a aliados não encontrar ambiente para continuar no PDT e expressou interesse em se filiar ao PT, apesar das tensões decorrentes das eleições de 2018. Por ocupar um cargo majoritário, ele pode deixar a legenda a qualquer momento sem perder seu mandato. A reportagem é do jornal “O Globo”.
A discordância com Ciro surgiu no ano passado, quando Cid buscava estabelecer uma aliança com o PT no Ceará. Apesar dessa iniciativa, figuras proeminentes do PT nos bastidores têm manifestado reservas quanto à possibilidade de ter o senador cearense como correligionário.
Em nível nacional, o senador também acumulou desentendimentos com o Palácio do Planalto ao longo deste ano. Embora tenha sido indicado pelo governo para integrar a mesa da CPI do 8 de janeiro como primeiro vice-presidente, Cid esteve ausente em grande parte das sessões e não votou no relatório final elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), aliada de Lula.
Em momentos críticos para Lula, ele também se absteve, como na votação da Reforma Tributária na semana passada. Durante esse período, estava em Fortaleza, reunido com membros de seu grupo no PDT, concedendo 18 cartas de anuência para deputados federais e estaduais deixarem o partido. Além disso, não compareceu à sessão do Senado em que a Casa aprovou a indicação de Cristiano Zanin para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).