Revista Veja teve acesso a mensagens trocadas pelo policial militar Luiz Dominguetti, que acusou o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde de pedir propina para fechar contrato de imunizantes contra a Covid-19
De acordo com a revista Veja , mensagens de celular trocadas pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti mostram que ele teria recebido informações privilegiadas sobre a negociação de imunizantes contra a Covid-19 diretamente do gabinete do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
No último dia 29, Dominguetti se apresentou como representante da empresa Davati Medical Supply e denunciou à Folha de S. Paulo que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, teria solicitado US$ 1 por cada dose da vacina da AstraZeneca negociada pela companhia com a pasta.
Segundo a Veja , no dia 9 de março, Dominguetti escreveu ao CEO da Davati, Cristiano Carvalho. “Já me posicionaram aqui. Amanhã até 12h passam o e-mail a ele. Só a quantidade que não tem ainda”, diz Dominguetti. Cristiano, então, teria tentado saber a origem da informação passada pelo policial. “Informação do Blanco, posso dizer?”, questiona.
” Gabinete da Presidência da República. Melhor que ele”, responde Dominguetti.
Já em outra sequência de mensagens que o jornal teve acesso, o policial disse a Cristiano, no dia 13 de março, que estava próximo de conseguir uma agenda com o próprio presidente Bolsonaro . “Estão viabilizando sua agenda com o presidente”, escreve ele.