Em Manaus, merenda escolar mais nutritiva do mundo, bolacha com k-suco, fatura R$ 51 mi

Manaus – Cadê o dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), prefeito Arthur Neto (PSDB)? Já que é tão difícil dizer onde foi aplicado tais recursos, fica muito fácil mostrar onde não foi. Como no caso da merenda escolar, por exemplo, que falta nas escolas da rede municipal de ensino, e quando tem não apresenta a qualidade necessária e nem sequer supre as qualidades nutritivas capazes de colaborar com o aprendizado da criançada.

O que se observa nas escolas municipais são diretores, professores e demais funcionários da rede, sensibilizados com a situação, tirarem dinheiro do próprio bolso para comprar biscoitos, pães e “ki-suco”. Tudo isso para oferecer algo aos alunos, que na maioria das vezes, vão para as unidades de ensino em busca – além do conhecimento – da única refeição diária, já que em sua maioria são de famílias humildes que, às vezes, nem têm o que comer.

Neste ano, serão investidos quase R$ 51 milhões em merenda escolar, sendo R$ 22 milhões vindos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), em conjunto com o Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas (MPC-AM), recomendou à Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Manaus que não renove o contrato com a empresa que fornece merenda às escolas da rede municipal de educação, a RCA Conservação e Limpeza, Construções e Comércio de Fardamentos Ltda. A recomendação foi expedida no dia 06 de junho de 2017 e tem como principal motivo os frequentes atrasos de pagamentos das merenderas e agentes de serviços gerais da empresa RCA, de até três meses, fato que, para o MP-AM, põe em risco a continuidade dos serviços de educação em Manaus.

Conteúdo Observatório Manaus