Em meio à escalada do conflito no Oriente Médio, o governo de Israel solicitou apoio militar direto dos Estados Unidos para atacar instalações nucleares subterrâneas no Irã. No entanto, a Casa Branca, sob a liderança de Donald Trump, recusou o pedido, considerando que “não é o momento” para uma intervenção militar americana na guerra entre Israel e Irã.
Segundo fontes do portal Axios, autoridades israelenses procuraram os norte-americanos nos últimos dois dias com o objetivo de obter apoio logístico e tecnológico para destruir o centro de enriquecimento de urânio em Fordo, uma instalação subterrânea localizada em território iraniano. O local é considerado estratégico pelo regime iraniano e, segundo Israel, estaria fora do alcance das suas capacidades operacionais atuais.
Contudo, conforme apuração do Axios, autoridades dos Estados Unidos afirmaram, sob anonimato, que o governo Trump optou por não se envolver diretamente no conflito. Ainda que os EUA reconheçam a gravidade do cenário, preferem manter uma postura diplomática. “Podemos negociar uma solução pacífica, desde que o Irã esteja disposto”, disse uma fonte ligada à Casa Branca.
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Oficialmente, o governo norte-americano reafirmou que Donald Trump “não está considerando nenhuma ofensiva dos EUA contra o Irã neste momento” e destacou que a prioridade é conter a expansão do conflito, e não alimentá-lo.
Enquanto isso, o Irã endureceu sua posição. O regime de Teerã anunciou a suspensão imediata de todas as negociações envolvendo a paralisação do enriquecimento de urânio, alegando que não há clima para diálogo com “o maior aliado do agressor”, em referência direta aos EUA. A afirmação foi feita por um alto representante do governo iraniano durante uma coletiva de imprensa neste domingo (15).
A recusa dos Estados Unidos em atender o pedido de Israel pode significar uma tentativa de evitar que a guerra se transforme em um confronto regional de larga escala. No entanto, especialistas em política internacional alertam que o avanço das ofensivas israelenses e a retaliação iraniana já colocam a região em risco iminente de um conflito generalizado.