Extorsão, lavagem de dinheiro, perseguição a imprensa, são as acusações contra o general Mansur

‘Operação Comboio’ investiga secretário de Segurança e alta cúpula da SSP-AM

As investigações explicaram como era feito o esquema de lavagem de dinheiro e como os servidores chegavam a usar viaturas, para cometer crimes de extorsão.

Um dos alvos da operação, general Carlos Alberto Mansur chegou a ser preso por porte ilegal de arma de fogo, mas foi liberado após pagar fiança. Após as ações, ele foi exonerado do cargo de secretário de segurança pública.

PF e MP fazem operação em residências da cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas

Coronel Vinícius Almeida assume SSP-AM após exoneração de Carlos Alberto Mansur

De acordo com a investigação, os integrantes da alta cúpula da SSP-AM, composto por policiais e servidores, usavam a estrutura da secretaria para praticar crimes.

Em uma das práticas, os membros do esquema chegavam até usar viaturas das forças de segurança, para abordar e extorquir chefes de tráfico na capital.

“As extorsões eram feitas por agentes públicos, que se utilizavam dos seus conhecimentos e da estrutura da secretaria de segurança pública para ir atrás de pessoas e realizar esse tipo de conduta”, explicou o promotor do Ministério Público Igor Starling.

Lavagem de dinheiro

O promotor do Ministério Público do Amazonas Igor Starling, que também coordena o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), explicou como o grupo agia para lavar o dinheiro do crime.

Segundo o promotor, o grupo contratava posto de combustíveis e realizavam o pagamento pelo serviço de abastecimento. Apesar do pagamento, o combustível não chegava a ser repassado para a SSP-AM.

Operação Comboio

Na terça-feira (29), foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em residências da alta cúpula da pasta.

A Operação Comboio ocorreu de forma simultânea em Manaus, e Apuí, no Amazonas; e na cidade de São Paulo.

De acordo com o MP, as equipes fizeram buscas tanto nas dependências da SSP, que tem sede na Zona Norte de Manaus, quanto nas residências de servidores e membros da alta cúpula da pasta.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPAM conduziu a operação com apoio do GAECO-MPSP.